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Câmara de Espinho já pediu auditoria à Inspeção-Geral das Finanças

A Câmara de Espinho já solicitou à Inspeção-Geral das Finanças (IGF) uma auditoria ao funcionamento do município na área do urbanismo nos últimos cinco anos, informou hoje aquela autarquia do distrito de Aveiro.

Câmara de Espinho já pediu auditoria à Inspeção-Geral das Finanças
Notícias ao Minuto

12:57 - 24/01/23 por Lusa

País Câmara de Espinho

Em comunicado enviado à Lusa, a autarquia referiu que a nova presidente da Câmara, Maria Manuel Cruz (PS), anunciou na última reunião do executivo, realizada na segunda-feira, já ter requerido à IGF - Autoridade de Auditoria a realização de ações inspetivas para verificar a legalidade dos procedimentos de gestão urbanística do município de Espinho nos últimos cinco anos.

Estas ações, segundo a autarquia, terão particular incidência nos procedimentos que têm vindo a ser mencionados no âmbito da Operação Vórtex e naqueles em que figurem como interessados, direta ou indiretamente, os visados na investigação.

Citada na mesma nota, Maria Manuel Cruz considerou ser essencial "submeter o município à auditoria da IGF e ao crivo rigoroso dos seus inspetores", possibilitando "uma atuação efetiva" da Câmara Municipal, caso se detetem ilegalidades, e procurando "repor o sentimento de confiança na autarquia e nos seus serviços".

Por outro lado, a Câmara revelou que todos os processos de licenciamento urbanístico, pedidos de informação prévia, estudos prévios e projetos de arquitetura serão remetidos às reuniões do executivo municipal, no sentido de reforçar a "transparência e a fiscalização" em matérias de urbanismo no seio da autarquia.

Maria Manuel Cruz tinha anunciado que iria avançar de imediato com uma auditoria à autarquia, no dia 16, quando tomou posse como presidente da Câmara, após Miguel Reis, que se encontra detido em prisão preventiva, ter renunciado ao cargo.

Na altura, a autarca mostrou-se disponível para levar até ao limite e sem qualquer receio o apuramento de responsabilidades e procurando "blindar o funcionamento dos serviços municipais".

O ex-presidente da Câmara de Espinho Miguel Reis (PS), um funcionário desta autarquia e três empresários foram detidos a 10 de janeiro por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências, no âmbito da Operação Vórtex.

A residência de Joaquim Pinto Moreira (PSD), ex-presidente da Câmara de Espinho entre 2009 e 2021, também foi alvo de buscas, e o computador e o telemóvel do deputado na Assembleia da República (AR) foram apreendidos.

Na altura, a Polícia Judiciária (PJ) explicou que a investigação estava relacionada com "projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos".

Leia Também: Detenções e demissões. Casos que colocaram autarquias 'debaixo de fogo'

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