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Mário Teixeira da Silva. Adão e Silva realça legado de galerista "atento"
O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lamentou hoje a morte do galerista Mário Teixeira da Silva, ocorrida no domingo, em Lisboa, destacando a sua "contínua atenção às artes visuais emergentes e aos novos autores".
© Global Imagens
Cultura Óbito
"Mário Teixeira da Silva desenvolveu um trabalho de referência na divulgação das novas tendências artísticas", escreveu Pedro Adão e Silva, numa mensagem publicada na página oficial do Ministério da Cultura na rede social Twitter.
Adão e Silva cita em particular a ação de Mário Teixeira da Silva "no domínio da fotografia contemporânea e na apresentação de exposições de autores internacionais, bem como no apoio a jovens artistas nacionais, constituindo uma referência para várias gerações e intervenientes do panorama artístico".
"O seu legado à arte contemporânea nacional não será esquecido", conclui o ministro da Cultura.
O galerista e colecionador de arte Mário Teixeira da Silva, fundador da galeria Módulo - Centro Difusor de Arte, morreu no domingo, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, aos 74 anos.
"Mário Teixeira da Silva foi pioneiro no lançamento de artistas portugueses e estrangeiros, artistas de vanguarda. O Módulo foi uma galeria de rutura, que abriu caminhos", disse à agência Lusa a historiadora Adelaide Duarte, amiga do galerista.
Nascido no Porto, Mário Teixeira da Silva licenciou-se em Engenharia Química e tinha formação em Museologia, destacando-se ao longo de cinquenta anos tanto como galerista como colecionador de arte, "eclético e apaixonado por tipologias distintas".
Em maio de 1975 abriu no Porto o Módulo - Centro Difusor de Arte e quatro anos depois concretizou a galeria em Lisboa, mantendo os dois polos durante vários anos até se mudar, já neste século, para a capital, referiu a investigadora de arte.
Entre os artistas cuja obra Mário Teixeira da Silva expôs contam-se Helena Almeida, Julião Sarmento, Ana Jotta, Andy Warhol, Ana Vidigal e Paula Rego.
Em 2022, parte da coleção de arte de Mário Teixeira da Silva, criada ao longo de cinco décadas, foi exposta pela primeira vez em Portugal, no Museu de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa, com curadora de Adelaide Duarte.
A exposição contava com 175 obras, de artistas como Alberto Carneiro, Julião Sarmento, Hamish Fulton, Jochen Gerz, João Jacinto, Adriana Varejão e Wolfgang Tillmans.
O funeral de Mário Teixeira da Silva realiza-se na terça-feira para o cemitério dos Olivais, em Lisboa.
Leia Também: Morreu o galerista e colecionador de arte Mário Teixeira da Silva
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