O cenário de ‘caos’ nas urgências do distrito de Lisboa parece, esta quarta-feira, manter-se. Pelas 7h30 desta manhã, o tempo de espera para doentes urgentes variava entre as 5 e as 13 horas, em diversas instituições de saúde.
À hora de publicação desta notícia, o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, dava conta de um tempo de espera médio de 13h18 minutos, para doentes urgentes, segundo os dados disponibilizados no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Logo atrás estava o Hospital Santa Maria (Centro Hospitalar de Lisboa Norte), onde os doentes urgentes estavam sujeitos a 12h18 minutos de espera, os menos urgentes a 13h03 minutos, e os não urgentes a 11h33 minutos. Por seu turno, os doentes muito urgentes viam 1h04 minutos de espera.
Já no Hospital Distrital Torres Vedras (Centro Hospitalar do Oeste), o tempo de espera para doentes urgentes situava-se nas 7h16 minutos.
Também o Hospital São José (Centro Hospitalar Lisboa Central) registava, esta manhã, longos tempos de espera, com 5h35 minutos para doentes urgentes, e 5h19 minutos para os menos urgentes.
Recorde-se que o atendimento nas urgências hospitalares tem sido, nos últimos meses, uma das questões mais problemáticas no seio do setor da saúde nacional. Marta Temido, antecessora do atual ministro da Saúde, Manuel Pizarro, viria a renunciar ao cargo num contexto que era já de crise nas urgências hospitalares do SNS.
De notar ainda que a triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul).
Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).
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