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Mau tempo. Agricultores de Portalegre lamentam morte de animais

Centenas de animais mortos, cercas e equipamentos agrícolas danificados e barragens para o abeberamento animal com paredões totalmente destruídos são alguns dos prejuízos causados pelo mau tempo no setor da agricultura, no distrito de Portalegre.

Mau tempo. Agricultores de Portalegre lamentam morte de animais
Notícias ao Minuto

17:50 - 15/12/22 por Lusa

País Mau tempo

Em declarações à agência Lusa, o agricultor Carlos Portela, com uma herdade junto da aldeia de Ouguela, no concelho de Campo Maior, estimou hoje que perdeu, pelo menos, "150 ovinos" na terça-feira, na sequência das fortes chuvadas e das inundações.

"Já recolhi 70 [ovinos mortos], mas são mais. Devem ter morrido à volta de uns 150, por aí", lamentou.

A subida das águas do rio Xévora, cujo percurso 'serpenteia' junto à herdade de Carlos Portela, contribuiu em grande parte para este cenário, segundo o agricultor.

Mas houve outros prejuízos na exploração, nomeadamente danos num trator e no equipamento de rega gota a gota de um olival.

Já no vizinho concelho de Arronches, o agricultor Tiago Velez disse à Lusa que perdeu 50 ovinos na sua exploração, situada junto àquela vila alentejana.

"Perdi vedações, bombas de uma piscina que estávamos a preparar para um turismo rural e registo uma perda de 50 ovinos", disse.

O agricultor relatou ainda que a casa da herdade, que está em obras, foi invadida pelas águas, tendo provocado vários danos.

"A água entrou, a casa está em obras, estragou tudo. A casa está toda em pladur, os cimentos, a bomba das piscinas, a máquina de sal da piscina, sanitas, lavatórios que estavam comprados para aplicar foram arrastados pela água", lamentou.

A mesma desolação é partilhada à Lusa pelo produtor pecuário e de cinegética, João Augusto Moura, do concelho vizinho de Monforte, que viu os paredões das suas três barragens para abeberamento animal ficarem totalmente destruídos.

"Não sei como vai ser no verão para o abeberamento animal [porque] rebentaram os três paredões, ficaram partidos ao meio, e a água saiu toda", relatou.

A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.

No total, há registo de 83 desalojados, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e o mau tempo levou também ao corte e condicionamento de estradas e linhas ferroviárias.

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