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NATO reforça apoio à Ucrânia. Portugal contribui com um milhão de euros

A informação foi avançada aos jornalistas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros.

NATO reforça apoio à Ucrânia. Portugal contribui com um milhão de euros

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, anunciou esta quarta-feira que foi acordado um reforço do "apoio à infraestrutura civil" da Ucrânia, "através do pacote de assistência abrangente da NATO" para dar resposta às consequências sofridas pelo país na sequência da invasão russa.

Em declarações proferidas à margem da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da NATO, que está a decorrer desde ontem em Bucareste, na Roménia, Cravinho explicou que a Aliança Atlântica voltou a mostrar uma "grande unidade" e "convergência" na resposta a dar à "situação que resulta da invasão da Rússia sobre a Ucrânia".

"Houve afirmações de grande convergência, unidade e determinação no sentido de deixar bem claro para a Rússia que a NATO continuará a apoiar a Ucrânia para o tempo que for necessário, na duração que tiver esta guerra", elaborou.

Da parte de Portugal, e questionado acerca da possibilidade de envio de sistemas destinados a restaurar o sistema energético ucraniano, Gomes Cravinho assegurou que esta possibilidade está a ser estudada. Porém, justificou, "existe, neste momento, uma escassez generalizada no mercado de geradores", o que poderá dificultar tal intenção.

"Portugal vai dar um contributo de extraordinário para o pacote de assistência abrangente, que é um pacote da NATO para apoio não-letal - e que será, portanto, também dedicado à reposição da capacidade energética da Ucrânia. E demos hoje a indicação de que avançaremos com uma contribuição extraordinária de um milhão de euros", explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros. 

Já em relação ao "apoio militar", "Portugal está constantemente a rever as suas possibilidades e, ao longo da duração da guerra, irá, com certeza, reforçar o seu apoio".

Sobre a análise que foi feita, em conjunto, pelos membros da NATO, o governante português destacou que os "reveses militares da Rússia no terreno" levaram a que a Rússia tenha vindo a concentrar, "sobretudo, os seus ataques sobre a população civil, procurando danificar a infraestrutura civil e elétrica" do país e "criar as condições mais difíceis possíveis" para a população ucraniana, numa altura em que o inverno se aproxima a passos largos.

João Gomes Cravinho reforçou ainda que esse se trata, assim, de um "crime de guerra, mais um" a ser cometido pelas tropas de Moscovo desde o início da guerra, a 24 de fevereiro. E acrescentou, a esse propósito, que a "Rússia tem denotado uma grande indiferença e desprezo pelo Direito Internacional".

A guerra na Ucrânia, que teve início em 24 de fevereiro, provocou a morte de, pelo menos, 6.595 civis ucranianos, com outros 10.189 a terem ficado feridos, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Durante este encontro da Aliança Atlântica, segundo a informação avançado por João Gomes Cravinho, houve ainda a "oportunidade" de falar sobre a temática da China, "que foi já um elemento presente no novo conceito estratégico da NATO adotado em junho deste ano", numa cimeira em Madrid, Espanha.

"A China representa um desafio sistémico, tem denotado uma postura cada vez mais assertiva e agressiva nos mares do sul da China, o que é uma fonte de grande preocupação", explicou o governante português.

Esse mesmo país asiático "tem também indicado, através do seu apoio à Rússia, uma vontade de minar aquilo que é a ordem internacional vigente", o que se apresenta como um "assunto de elevada preocupação" para a NATO, acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros. "Gostaríamos de ver a China mais alinhada na defesa da ordem internacional e do direito internacional", ressalvou ainda.

João Gomes Cravinho destacou ainda que a "China, no domínio 'ciber' e do Espaço, é uma força que precisa de ser monitorizada, no sentido de se perceber qual a sua atividade nesses domínios e o que ela significa para a segurança da Aliança" Atlântica e da "região Euro-Atlântica".

[Notícia atualizada às 11h02]

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