Homicídio nas Laranjeiras. Jovens condenados a penas de até 17 anos

Os arguidos foram condenados a penas de prisão efetiva entre os 14 e os 17 anos pela morte de um jovem de 19 anos na estação de metro das Laranjeiras, em Lisboa.

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Márcia Guímaro Rodrigues
04/11/2022 15:47 ‧ 04/11/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

País

Lisboa

Quatro jovens foram condenados, esta sexta-feira, pelo homicídio de um outro jovem no metro das Laranjeiras, em Lisboa, ocorrido em outubro de 2021. A notícia é avançada pela SIC Notícias, que acrescenta que os arguidos foram condenados a penas de prisão efetiva entre os 14 e os 17 anos.

Segundo a estação de Paço de Arcos, os quatro jovens foram condenados por homicídio qualificado, tendo um deles sendo ainda condenado por detenção de arma proibida.

Nas alegações finais do julgamento, o Ministério Público (MP) havia pedido a condenação de todos os arguidos a uma pena de 18 anos de cadeia.

O advogado Pedro Madureira, mandatário do jovem condenado a 14 anos, havia solicitado, em sede de alegações finais, a aplicação do regime especial para jovens delinquentes.

Em declarações à Lusa, este advogado manifestou intenção de recorrer da decisão referente ao seu cliente para o Tribunal da Relação de Lisboa por entender que neste processo deveria ter havido separação, com três dos arguidos a serem condenados apenas por ofensa à integridade física qualificada e o restante por homicídio.

Pedro Madureira considerou que a prova remetida para o processo evidencia que o plano daquele grupo de jovens era apenas agredir a vítima, tendo a situação descambado quando um deles ultrapassou esse plano.

O caso remonta à tarde do dia 20 de outubro de 2021, quando um jovem de 19 anos foi esfaqueado na estação de metro das Laranjeiras. Os autores do crime, que na altura tinham entre os 18 e os 19 anos, colocaram-se em fuga, mas acabaram por ser detidos pela Polícia Judiciária no dia seguinte.

A autoridade revelou, em conferência de imprensa, que o crime foi potenciado por conflitos nas "redes sociais". "São querelas, conflitos que se geram entre indivíduos de zonas residenciais diferentes, nas redes sociais, onde é fácil lançar mensagens de conteúdo mais ou menos provocador e onde é fácil também perceber depois o círculo de pessoas que rodeiam estes jovens, que enviam e recebem estas mensagem e identificar as zonas que estes frequentam", explicou o coordenador da secção de homicídios da PJ de Lisboa, Pedro Maia.

O responsável frisou que os suspeitos são "jovens com contexto familiar normal". Alguns deles, bem como a vítima, com antecedentes criminais e estudantes de ensino profissional.

[Notícia atualizada às 19h17]

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