Depois de em setembro a autarquia liderada por Pedro Santana Lopes (independente) ter adiado a votação por não concordar com a proposta de aumento de 11,3%, a nova taxa indicado motivou reservas da liderança do executivo e dos vereadores da oposição do Partido Socialista, que pediram mais tempo para analisar a proposta.
A vice-presidente da autarquia, Anabela Tabaçó, salientou que o tarifário "não agrada a ninguém", pelo "aumento substancial" que representa, sendo um "tema sensível" que preocupa o executivo.
A vereadora socialista Diana Rodrigues considerou que se trata de "um agravamento muito duro e complexo para os munícipes".
Apesar de o prazo para enviar a aprovação do novo tarifário para a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) terminar hoje, o executivo adiou a votação para a próxima semana.
O presidente da autarquia (no distrito de Coimbra) explicou que a atualização do tarifário está indexado a uma fórmula do contrato de concessão e que uma das hipóteses para não subir os preços -- um cenário que não recomenda - passa pelo resgate do contrato.
"Temos outros aumentos em média de 30% e não temos ninguém a quem pedir reequilíbrio financeiro", disse Pedro Santana Lopes, salientando que a inflação atingiu os 10,2% e que o tratamento de resíduos sólidos aumentou "só quatro vezes".
Em setembro, o vereador do PSD Ricardo Silva, que hoje não esteve presente por doença (e não se fez representar), defendeu a realização de auditorias - financeira e técnica - à concessão.
Leia Também: Distribuição de água sem constragimentos em sete concelhos de Portalegre