O pedido de demissão do segundo comandante da GNR, tenente-general José Caldeira, que foi ontem aceite, pôs na berlinda a decisão tomada pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, com a qual o oficial discordou, avança o Diário de Notícias.
Newton Parreira, o comandante geral das forças militares, vai deixar o cargo na próxima semana e a escolha mais lógica para a sucessão do responsável seria o seu segundo comandante mas Miguel Macedo optou por escolher outro oficial, Manuel Couto, atualmente à frente da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), onde está há pouco mais de ano e meio.
As críticas à decisão do Governo não se fizeram esperar pois, se bem que os dois oficiais têm qualificações para o cargo, o segundo comandante José Caldeira tinha mais antiguidade na carreira militar e mais experiência no comando da GNR.
A Associação de Oficiais da GNR já manifestou o seu desagrado para com a decisão afirmando que “as hierarquias militares são sagradas e devem ser respeitadas pelo poder político”.