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Olhão. Recluso agride 4 guardas e enfermeira por lhe recusarem medicação

Sindicato Nacional de Guardas Prisionais queixa-se de inação por parte da direção da cadeia. Fonte da cadeia aponta ainda "situação grave" de casos Covid.

Olhão. Recluso agride 4 guardas e enfermeira por lhe recusarem medicação
Notícias ao Minuto

21:38 - 03/06/22 por Marta Ferreira

País Olhão

Um recluso, de 40 anos, que se encontra a oito meses de cumprir 20 anos de cadeia, agrediu na passada quinta-feira e sexta-feira, dias 26 e 27 de maio, quatro guardas e uma enfermeira no Estabelecimento Prisional de Olhão. 

De acordo com fonte da cadeia de Olhão e da direção do Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais, o preso agrediu dois guardas e a enfermeira de serviço no dia 26, tendo o auto de notícia sido feito pelas 18h00 do mesmo dia. 

Apesar da agressão, o homem em causa não sofreu consequências imediatas e no dia seguinte, 27 de maio, voltou a agredir outros dois guardas e a mesma enfermeira de serviço "porque queria medicação para as dores". 

Segundo a direção do Sindicato dos Guardas Prisionais disse ao Notícias ao Minuto, foi feita nova participação do comportamento do agressor, porém, apenas no sábado, dia 28, o mesmo ficou em isolamento como medida cautelar, mas, no mesmo dia, voltou ao regime normal. 

O Sindicato dos Guardas Prisionais confirma ainda que o agressor em causa já esteve cinco vezes na cadeia de Monsanto, o que significa que se trata de um caso violento.

Refira-se que, no último mês, sete guardas foram agredidos por reclusos. O Sindicato dos Guardas Prisionais volta a apontar a falta de meios para estas situações que, com mais funcionários, poderiam ser evitáveis.  

Fonte da direção do Sindicato afirma ao Notícias ao Minuto que, devido à inércia na direção do Estabelecimento Prisional de Olhão, "os guardas já nem querem participar dos presos, nem internamente nem judicialmente", visto que "nunca nenhum preso é castigado" nem é usada a "cela disciplinar". 

"Zona de quarentena lotada"

Fonte da cadeia de Olhão queixa-se ainda de "outra situação grave" relativamente aos casos de Covid-19 no Estabelecimento Prisional, nomeadamente, com a falta de isolamento dos casos positivos. 

Desde dia 16 de maio que o número de infetados com o vírus disparou após vários presos se terem queixado de dores de cabeça e corpo.

Após testes de Covid, constatou-se que havia um surto na cadeia e, segundo acusa a mesma fonte, não foi feito o devido isolamento, o que desencadeou o aumento de casos.

"Estamos com a zona de quarentena lotada", afirmou a mesma fonte. 

Dos 70 reclusos, há 25 casos positivos de Covid-19 e sete em isolamento. 

Leia Também: Sete guardas prisionais agredidos por reclusos em menos de um mês

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