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Lisboa assegura validação da honorabilidade da Associação dos Ucranianos

A Câmara de Lisboa assegurou hoje que a honorabilidade da Associação dos Ucranianos em Portugal foi validada junto da embaixada da Ucrânia e do Alto Comissariado para as Migrações, considerando "uma guerra fratricida" as críticas da organização Refugiados Ucranianos.

Lisboa assegura validação da honorabilidade da Associação dos Ucranianos
Notícias ao Minuto

23:16 - 26/05/22 por Lusa

País Câmara Municipal de Lisboa

"A câmara falou com a embaixada sobre a honorabilidade da Associação dos Ucranianos em Portugal, o ACM [Alto Comissariado para as Migrações] também validou, identificou e referenciou", afirmou a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Laurinda Alves (independente eleita pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança).

Em reunião na Assembleia Municipal de Lisboa, num momento de perguntas à câmara, o deputado municipal do PS Miguel Belo Marques questionou sobre a posição pública assumida pela organização Refugiados Ucranianos (UAPT) relativamente à Associação dos Ucranianos em Portugal, em que "denuncia a ligação à extrema-direita ucraniana por parte do seu presidente Pavlo Sadokha, insinuando que parte dos apoios que recebem são enviados para a Rússia ou para o exército russo, dando o exemplo do caso das latas de atum, capturadas a soldados russos, e que teriam sido enviadas de Lisboa por essa associação".

Em causa está um protocolo entre a Câmara de Lisboa e a Associação dos Ucranianos em Portugal, em que o município prevê a atribuição de 320 mil euros até 2023, para apoio social imediato aos refugiados da Ucrânia, proposta que foi aprovada pelo executivo camarário em 06 de maio, apenas com os votos contra dos vereadores do PCP.

"A posição tomada pela 'Uckrainiam Refugees' [Refugiados Ucranianos - UAPT] necessita de respostas urgentes, pois coloca em causa a honorabilidade de uma associação e do seu líder que são para muitos portugueses um dos principais representantes da comunidade", indicou o socialista Miguel Belo Marques, questionando se a câmara já solicitou esclarecimentos junto da embaixada da Ucrânia, em Lisboa, sobre a honorabilidade da Associação dos Ucranianos em Portugal, bem como do seu presidente Pavlo Sadokha, e se procedeu a diligências junto do ACM, para apurar os factos denunciados.

Respondendo que "sim", que a câmara já realizou esses contactos, a vereadora Laurinda Alves referiu que, duas semanas antes da posição pública da UAPT estar a circular, o executivo questionou a organização sobre o precisavam, mas "nunca houve resposta" e, depois, quando foi apontada a necessidade de um espaço, foi marcado um encontro para ir ver um, mas faltaram.

Laurinda Alves considerou que as críticas da UAPT sobre a Associação dos Ucranianos em Portugal são como "uma guerra fratricida", assegurando que o executivo camarário de Lisboa está "completamente disponível para ajudar todas as associações e todos os ucranianos que estão no terreno a fazer um ótimo trabalho", pelo que serão estabelecidos novos protocolos nesse âmbito.

O protocolo com a Associação dos Ucranianos em Portugal foi aprovado no âmbito das medidas de concretização do programa municipal de emergência para integração dos refugiados da Ucrânia, "VSI TUT -- Todos Aqui" e pretende "garantir às pessoas refugiadas da Ucrânia, referenciadas pelo ACM e que pretendam fixar-se no concelho de Lisboa, apoio social imediato, logo na fase inicial de acolhimento e integração", prevendo a atribuição de 290 mil euros este ano e 30 mil euros em 2023, que além da preparação de um novo espaço, serve para o Fundo de Apoio Social para responder às famílias carenciadas.

Os vereadores do PCP na Câmara de Lisboa justificaram o voto contra o protocolo com a Associação dos Ucranianos em Portugal por considerarem que esta entidade "não reúne condições de idoneidade" para a integração dos refugiados da Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, ainda que o número real deverá ser muito maior, segundo dados da ONU, contabilizando também a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país.

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