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"Vamos ter de reduzir mobilidades. Precisamos de professores nas escolas"

João Costa, ministro da Educação, afirmou que a questão da falta de professores tem três dimensões: a sua formação, uma melhoria nos procedimentos de substituição e gestão de recursos humanos.

"Vamos ter de reduzir mobilidades. Precisamos de professores nas escolas"
Notícias ao Minuto

11:40 - 18/05/22 por Beatriz Maio com Lusa

País Educação

O ministro da Educação, João Costa, marcou presença na manhã desta quarta-feira no Seminário 'Faltam professores! E agora?', que se realizou em Lisboa. O governante admitiu que "os problemas maiores têm sido na zona de Lisboa e Vale do Tejo e também na região do Algarve", o que justificou com o custo do alojamento que, "por vezes, não compensa um horário incompleto". Em relação a esta questão, João Costa afirmou que está já a ser dedicada "atenção especial" e continuará até ao arranque do ano letivo.

Adiantou que, neste momento, está a ser feito "um levantamento por regiões e por grupo de recrutamento das situações em que foi mais difícil substituir professores", de forma a que sejam tomadas "medidas extraordinárias para essas regiões". Porém, João Costa explicou que a falta de professores assenta em três questões, nomeadamente a sua formação; o absentismo e a necessidade de melhorar procedimentos de substituição e ainda gestão de recursos humanos.

Segundo o ministro, a questão da falta de professores tem também outra dimensão, como o facto de vários professores se aposentarem nos próximos anos, o que implica que se formem mais profissionais para se substituir os que vão a sair - trabalho que o ministro garante estar já a ser iniciado com instituições de ensino superior, recorrendo ao regresso de estágios remunerados, formação para profissionalização em exercício e formação de antigos professores que se afastaram da carreira professores.

João Costa recordou que, durante os anos da Troika, houve um corte de 28 mil professores no sistema que foram enviados para outras profissões e, desses, há alguns disponíveis para voltar. Quanto à atualidade, este ano foram colocados cerca de 25 mil horários ao longo do ano letivo, todos preenchidos.

"O Ministério tradicionalmente cede professores às mais variadas instituições, mas cede quando pode ceder", comentou o ministro, esclarecendo: "Este ano vamos ter de fazer uma redução bastante significativa nas mobilidades que são concedidas a associações, a instituições mais variadas porque precisamos de professores nas escolas".

A 27 de abril, o novo ministro da Educação, João Costa, reuniu-se pela primeira vez com vários sindicatos e um dos temas em cima da mesa foi precisamente como colmatar a falta de professores no imediato e a longo prazo.

Para já, o ministério autorizou as escolas das zonas com maior carência de professores a possibilidade de completar os horários disponíveis com, por exemplo, atividades de apoio aos alunos ou aulas de compensação.

Também os cerca de cinco mil docentes impedidos de se candidatarem aos horários existentes puderam voltar a fazê-lo e, segundo João Costa, a medida permitiu em apenas uma semana que 6.600 alunos tivessem os professores em falta.

Também hoje, o Ministério da Educação volta a receber os sindicatos para debater medidas sobre a mobilidade por doença e a renovação de contratos.

Leia Também: Falta de professores nas escolas. Qual a verdadeira situação em Portugal?

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