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Governo quer tratamento igual para lesados do BES e do Banif

O Governo português quer que os lesados do BES e do Banif na Venezuela e na África do Sul tenham um tratamento igual ao de quem reside em Portugal, disse este sábado o secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafôfo.

Governo quer tratamento igual para lesados do BES e do Banif
Notícias ao Minuto

07:36 - 15/05/22 por Lusa

País Paulo Cafôfo

"O caso do BES, tal como o caso do Banif, que também é preciso dizê-lo, são situações dramáticas de pessoas que perderam muitas delas as suas poupanças, as poupanças de uma vida, e esta é uma situação a que, obviamente, o Governo português está atento e não pode haver um tratamento desigual", disse.

Paulo Cafôfo falava à agência Lusa, no Centro Português de Caracas, à margem de um encontro com membros da comunidade portuguesa local, onde ouviu queixas dos luso-venezuelanos pela demora na solução dos processos de lesados do BES, que hoje precisam das suas poupanças para, entre outros assuntos, tratar de problemas de saúde.

Alguns destes lesados queixaram-se que os residentes em Portugal já estariam a receber parte das poupanças que tinham no BES, insistindo que para os emigrantes na Venezuela e na África do Sul não havia ainda nenhuma solução.

"Eu estou certo de que não vai haver um tratamento desigual pelos lesados do BES em Portugal ou os lesados do BES na Venezuela ou na África do Sul na outra parte qualquer. São lesados, infelizmente estão todos na mesma situação", disse o governante.

Segundo Paulo Cafôfo, trata-se de "uma situação muito injusta, que, obviamente, merecerá toda a atenção face à complexidade também que existe de um processo que não é simples, bem pelo contrário, mas ao que obviamente o Governo português dará maior atenção".

De visita à Venezuela, Paulo Cafôfo, reforçou ainda que a sua governação terá "a marca da proximidade".

"É isto que estou aqui a fazer, algo importantíssimo que é olhos nos olhos das pessoas, ouvi-las e escutá-las. E aqui, há preocupações das comunidades que levo com toda a atenção e vou levar aos membros do Governo que têm as respetivas tutelas, seja a questão da Segurança Social, a questão do programa 'Regressar', seja a questão dos apoios", disse.

O que é "fundamental", sublinhou, "é que Portugal e o Governo português não esquecem os portugueses" que residem na Venezuela.

"Aliás, o exemplo que temos dado é que temos um programa específico para o apoio aos emigrantes carenciados aos idosos carenciados (...) da parte do apoio ao associativismo desta secretaria de Estado, um quarto das verbas de apoio às associações é aqui para a Venezuela", frisou.

Paulo Cafôfo recordou que na Venezuela existe uma rede médica de atenção a portugueses, "uma rede médica de consultas gratuitas, mas também que realiza exames de diagnóstico".

"E é este trabalho muito social que iremos continuar a fazer, porque a Venezuela (...), onde reside uma comunidade portuguesa muito grande, é daquelas que merece a nossa maior atenção devido à situação económica e social do país", precisou.

Paulo Cafôfo iniciou na quinta-feira uma visita à Venezuela, enquadrada na iniciativa "Portugal no Mundo: Caminhos para a Valorização das Comunidades Portuguesas" e que tem como objetivo "reforçar laços" e aproximar os portugueses residentes no estrangeiro dos que vivem em Portugal.

Além de encontros com a comunidade na Casa Portuguesa do Estado de Arágua e no Centro Português de Caracas, Paulo Cafôfo, contactou portugueses em Valência e visitou o Lar Geriátrico Luso-venezuelano de Maracay.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas visitou ainda o espaço onde decorrem consultas médicas em Los Teques, a organização Regala Una Sonrisa, a Sociedade de Beneficência de Damas Portuguesas, aulas de português em Caracas e Cágua.

Hoje, estará no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Carrizal, e, na segunda-feira, no Lar Padre Joaquim Ferreira que acolhe portugueses anciãos.

A comunidade portuguesa na Venezuela conta com mais de 225 mil cidadãos nacionais, segundo as inscrições consulares. No entanto, a comunidade insiste que os números triplicam quando são tidos em conta os luso-descendentes que ainda não têm nacionalidade portuguesa.

Leia Também: Luso-venezuelanos pedem a Portugal soluções urgentes para lesados do BES

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