Segundo dados disponibilizados a 17 de março, existiam em Portugal 14.234 reclusos distribuídos por cerca de meia centena de cadeias, o que representava um excesso de 2.067 presos no sistema.
"A inauguração desta Ala corresponde a 70 lugares, de uma capacidade final global de 148 lugares a serem intervencionados, e de instalações da direção e dos serviços administrativos, no EPC", refere uma nota do Ministério da Justiça, acrescentando que os trabalhos efetuaram-se com recurso a mão-de-obra prisional, tendo os de conservação, efetuados no setor da direção e administrativo, sido realizadas no âmbito da "Formação Profissional da Manutenção de Edifícios".
Os trabalhos agora inaugurados na Ala Sul-3º Piso do Reduto Norte, na presenpa do secretário de Estado da Justiça, inserem-se assim na política de remodelação de espaços e de aumento da capacidade do sistema prisional, associado à formação e à ocupação da população reclusa.
Em setembro de 2012, a ministra da Justiça inaugurou a primeira fase das obras de melhoramento da prisão de Caxias, tendo dito, na altura, que era possível requalificar estabelecimentos prisionais utilizando mão-de-obra prisional, sem recorrer a parcerias público-privadas, o que permite poupanças avultadas.
Paula Teixeira da Cruz referiu que este modelo, além de permitir a reabilitação das instalações prisionais, serve ainda para formar profissionalmente os reclusos, tornando-os assim aptos a desenvolver uma arte quando terminarem a sua pena e tornarem ao mercado de trabalho.
Na altura foi anunciado que o termo das obras em Caxias estava previsto para 2014 e que a capacidade da prisão iria aumentar de 270 para 505 lugares.