A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, revelou esta quarta-feira que o partido questionou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) sobre a sua posição em relação à entrada de animais em Portugal, oriundos da Ucrânia.
Numa publicação na rede social Twitter, a deputada diz ser “inaceitável que a DGAV perante esta questão humanitária continue a pôr a burocracia e o dito ‘edifício sanitário’ à frente da vida humana e animal”.
Em causa está a crise migratória provocada pela invasão russa da Ucrânia, que dura já há 21 dias. Segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de três milhões de pessoas abandonaram o país e Portugal já aceitou mais de dez mil pedidos de proteção temporária.
Na terça-feira, a DGAV atualizou os procedimentos para a entrada de refugiados ucranianos com animais de companhia em Portugal e pede que seja fornecida “a informação sobre a identificação individual dos animais em causa, caso exista, e a sua situação relativamente à raiva (vacinação e eventual existência de titulação de anticorpos)”.
Ora, para o PAN a exigência é “incompreensível e desumana” e o partido promete convocar uma manifestação, caso a DGAV “insista em manter esta posição.” “Caso a DGAV insista em manter esta posição incompreensível e desumana, iremos contactar todas as associações de proteção animal para que se solidarizem e convocar uma manifestação em frente às instalações da DGAV”, afirmou Inês Sousa Real.
Caso a DGAV insista em manter esta posição incompreensível e desumana, iremos contactar todas as associações de proteção animal para que se solidarizem e convocar uma manifestação em frente às instalações da DGAV.
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) March 16, 2022
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 726 mortos e 1.174 feridos entre a população civil, segundo dados da ONU.
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