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Pais fogem de hospital com filho recém-nascido nos Açores

Progenitores são "conotados com o consumo de estupefacientes" e teriam receio que a criança lhes fosse retirada para ser institucionalizada.

Pais fogem de hospital com filho recém-nascido nos Açores
Notícias ao Minuto

07:56 - 25/01/22 por Notícias ao Minuto

País Açores

A situação ocorreu no passado dia 20 de janeiro, quinta-feira, no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, nos Açores. Cerca das 20 horas, "uma utente do Serviço de Obstetrícia, acompanhada pelo respetivo cônjuge, fugiu do serviço em questão, levando consigo a sua criança recém-nascida de 36 semanas"

Em comunicado, partilhado pela unidade hospitalar nas redes sociais, "o parto desta utente havia decorrido neste mesmo dia, 20 de janeiro de 2022, às 00h20", tendo esta, juntamente com o recém-nascido, "ficado internados no Serviço de Obstetrícia para cumprir os devidos protocolos de vigilância de saúde em partos eutócicos".

Ao ser admitido, o casal em causa "estava já sinalizado como sendo um caso social grave, por hábitos aditivos de ambos os elementos e por não terem residência fixa e apoio familiar", adianta ainda o Hospital, acrescentando que pai e mãe estavam já a ser acompanhados pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).

Neste seguimento, e logo no dia do nascimento, o Serviço Social da unidade de saúde açoriana sinalizou o bebé à CPCJ, "tendo a mãe da criança ficado ansiosa, com labilidade emocional e aparentemente confusa no momento em que foi informada deste procedimento". 

"Apesar de tudo, manteve sempre um comportamento adequado e muito afetuoso para com a criança, inclusive durante a hora da visita do seu companheiro. Mesmo após iniciar-se a visita do pai, importa dizer que o comportamento de ambos os progenitores foi sempre cuidadoso e afetuoso para com o recém-nascido", fez ainda questão de frisar o Hospital na mesma nota. 

Mas, pelas 20 horas, "disparou o alarme sonoro do aparelho de fototerapia, indicando que alguém havia retirado a criança do berço onde estava colocada". "A equipa de enfermagem deslocou-se ao quarto da utente e constatou que os pais estavam a tentar sair, levando o recém-nascido ao colo" e, quando questionados sobre o que se estava a passar, "o pai mostrou-se agitado, muito agressivo para com as enfermeiras, ameaçando arremessar a criança contra o solo."

O Hospital do Divino Espírito Santo avançou ainda que, "tentando intercetar a trajetória de fuga pela porta de emergência, as enfermeiras foram fisicamente ameaçadas e manietadas pelo pai, que as afastou, verbalizando que 'o filho é meu e ninguém o vai tirar'".

Perante esta situação, "foram ativadas todas as medidas preconizadas no Plano de Segurança" e chamado, "com caráter de emergência", o agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) que estava de serviço na Urgência. "Mantiveram-se as tentativas das enfermeiras do serviço para demover o casal de fugir com o recém-nascido, inclusive colocando em causa a sua integridade física, mas perante a ameaça recorrente do pai em arremessar a criança contra o solo, estes acabaram mesmo por sair pela porta de emergência, ativando o respetivo alarme de fuga", explica-se. 

De acordo com o Açoriano Oriental, os pais da criança são "conotados com o consumo de estupefacientes" e teriam receio que esta lhes fosse retirada para ser institucionalizada.

De acordo com informações da Polícia de Segurança Pública (PSP) a diversos meios, no dia seguinte ao sucedido, o progenitor terá sido encontrado e a criança resgatada. 

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