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Eixo Atlântico critica descoordenação no anúncio das novas regras

O secretário-geral do Eixo Atlântico, entidade que reúne 35 municípios do Norte e da Galiza, disse hoje compreender as novas regras de entrada em Portugal, criticando porém alguma descoordenação que gerou alarme do lado de Espanha.

Eixo Atlântico critica descoordenação no anúncio das novas regras
Notícias ao Minuto

17:11 - 30/11/21 por Lusa

País Covid-19

"Percebemos que estamos numa situação pouco usual, como o é a pandemia, que, infelizmente, está a ter uma nova vaga agravada por novas variantes e, portanto, temos que perceber que certas medidas dos governos têm de ser tomadas. Isto não é um capricho. Têm lógica", afirmou à Lusa Xoan Mao.

Portugal continental vai entrar na quarta-feira em situação de calamidade devido à pandemia de covid-19, havendo novas regras de entrada no país.

Um alerta de hoje do Ministério de Administração Interna esclareceu que os cidadãos oriundos dos países da UE considerados de risco baixo ou moderado devem ter certificado digital europeu de vacinação, teste ou recuperação para entrarem Portugal.

Já os trabalhadores transfronteiriços -- que exercem a sua atividade profissional até 30 quilómetros da fronteira - e os trabalhadores de serviços essenciais, como transportes de mercadorias e de passageiros, emergência e socorro, segurança e serviços de urgência, devem igualmente apresentar o certificado digital em qualquer das três modalidades.

Antes desta clarificação, e perante a possibilidade de ser exigido um teste PCR ou antigénio negativos à chegada a Portugal, muitos galegos ficaram "alarmados", contou o secretário-geral daquela entidade de cooperação transfronteiriça.

Na próxima semana, acrescentou, com os dois feriados em Espanha a 06 e a 08 de dezembro, muitos são os que pensam aproveitar para cruzar a fronteira e fazer férias em Portugal e a exigência de testes PCR ou antigénio poderia levar ao seu cancelamento.

"Esta manhã, no comunicado do Governo, só aceitavam para fronteira terrestre os testes PCR ou antigénios. Entrámos em contacto com o ministro Cabrita que felizmente esclareceu tudo e para Espanha serão aceites, nas fronteiras terrestres, os certificados de vacinação europeus", assinalou.

Para o secretário-geral do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, os governos europeus "estão muito alarmados por causa da variante ómicron", sendo que no caso de Portugal "também estão preocupados pelo facto de terem eleições no fim de janeiro" e "seria muito complicado" se a pandemia obrigasse ao seu adiamento.

"Tudo isto nos obriga a ser muito compreensivos com as medidas que o governo [português] está a tomar. Coisa distinta é que é verdade que existe uma falta de coordenação administrativa e que, se calhar, deveriam ter coordenado melhor os discursos antes de os tornar públicos, porque as primeiras informações foram contraditórias e muito alarmantes", referiu.

Num esclarecimento hoje ao Eixo, a que a Lusa teve acesso, o Ministério da Administração Interna indica que Espanha se encontra com um grau de risco intermédio e que, nas fronteiras, "como medida de saúde pública irão ser feitos controlos aleatórios".

"Aos cidadãos de Espanha será exigida a apresentação do Certificado Digital Covid da UE. Quem não disponha de certificado deverá apresentar um teste PCR realizado nas últimas 72 horas, ou um teste rápido antigénio realizado nas últimas 48 horas, com resultado negativo. Esta mesma medida inclui os trabalhadores transfronteiriços", indica.

Na segunda-feira, uma fonte da Presidência do Conselho de Ministros esclareceu que os passageiros provenientes dos Açores e da Madeira com destino ao continente português estão dispensados de apresentar teste negativo à covid-19 para embarcar.

Quando anunciou as novas medidas, na passada quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, sublinhou que as companhias aéreas que transportem passageiros sem teste negativo à covid-19 incorrem em multas de 20 mil euros por pessoa e que o Governo vai também "agravar as sanções acessórias que podem culminar com a suspensão das licenças de voo dessas companhias para território nacional".

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