A 12.ª edição do festival prolonga-se até terça-feira e a organização, a cargo da Câmara de Vila do Bispo, com o apoio da Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve (Almargem) e da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), preparou mais de 250 atividades que percorrem distintas áreas e pontos de interesse.

"Vamos ter uma 'mix' de atividades, não só para conhecedores de aves, mas que acaba por ser superinteressante para as famílias", disse a presidente da Câmara de Vila do Bispo, Rute Silva, sublinhando que o investimento que o município faz no festival tem um "retorno maior", quer na "atividade dos parceiros", quer na "informação que passa sobre o concelho".

A autarca congratulou-se por "a aposta de continuidade" que o município fez nesta área e na organização do festival ter permitido que o evento seja, "a nível nacional e internacional, bastante reconhecido".

"Aquilo que se espera desta edição é que efetivamente seja mais um sucesso. Temos tido um aumento de pessoas, mas também um aumento de interesse por esta área no concelho, que obviamente para nós é muito importante, porque apostamos no turismo de natureza", afirmou a autarca à Lusa.

Rute Silva considerou que o festival e o turismo de natureza são uma "aposta ganha" por conseguirem atrair desde o observador de aves "com algum nível e que vem sozinho" até àqueles que "ainda estão a aprender" ou "vêm em grupo", sendo a afluência já notada no concelho a um dia do arranque da iniciativa.

André Pinheiro, da Almargem, elencou as principais novidades desta edição, que conta com atividades de fotografia, gastronómicas, de observação de aves, de lazer e atividade física ou passeios de barco para observação de fauna marinha, "uma das poucas atividades que são pagas" no festival.

"O ano passado, durante o festival, foi escrito um livro juvenil de aventuras que vai ser apresentado no festival, cuja ação se passa no festival, com quatro jovens e um corvo", referiu este elemento da organização, frisando que as atividades familiares são "uma aposta cada vez maior" do evento.

Vão também realizar-se caças ao tesouro, visitas a um "novo espaço da Câmara, que é o Centro Interpretativo da Lota de Sagres", onde vai ser feito um "show-cooking" com um chefe local e abordar a cozinha com pesca sustentável, e exibições do documentário "A Costa das Cegonhas".

O representante deu ainda exemplos de iniciativas destinadas a famílias, como uma ação denominada "Em Busca da Ave Perdida" e outra intitulada "Caça às folhas da Via Algarviana", que permitirá aos participantes fazer "uma caminhada em que se vão apanhando folhas de diferentes texturas para depois fazer um fóssil em gesso, que as crianças poderão depois colocar no frigorífico com um imã".

Mas haverá também atividades relacionadas com a "flora, a cultura e a arqueologia", como a "Mel de Sagres, 2.000 Anos de História", que mostra como o mel pode ser usado como uma espécie de mapa da evolução da região.