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Festejos do Sporting? Falta de entendimento "levou a esta má solução"

Francisco Louçã comentou a festa dos adeptos leoninos com a conquista do campeonato e o que correu mal na organização destes. Na SIC Notícias, o economista apontou que com o entusiasmo dos sportinguistas, aliado à vontade de desconfinar, "era de esperar que houvesse uma multidão".

Festejos do Sporting? Falta de entendimento "levou a esta má solução"

Os festejos de campeão nacional de futebol do Sporting, que decorreram esta semana e tanta tinta fizeram (e fazem) correr, estiveram também em destaque no habitual comentário semanal de Francisco Louçã na SIC Notícias. O economista começou por salientar que, em primeiro lugar, "há uma responsabilidade que toda a gente assume que é a vitória histórica do Sporting", com um "resultado absolutamente conclusivo"

Além da vitória "muitíssimo merecida" e de um sublinhado à "elegância" do treinador do Sporting, Rúben Amorim, Louçã apontou que seria de esperar "que houvesse uma grande festa porque, naturalmente, a massa associativa estava muito entusiasmada com a quase certeza da vitória" naquela noite.

Este facto, acrescentou, aliou-se a "vontade de desconfinar e das pessoas poderem voltar a viver alguns momentos de emoção". "Tudo isso conjugado, era de esperar que houvesse uma multidão", resumiu. 

Já quanto às várias autoridades envolvidas, o Conselheiro de Estado considerou que estas "não o anteciparam, pelo menos nesta dimensão". "Percebe-se agora que houve uma tensão sobre as várias alternativas - fazer a comemoração à volta do estádio, a PSP até sugeriu dentro do estádio... o que vendo agora, com o que sabemos do que aconteceu, parecia a solução mais razoável", frisou. 

O facto de "não ter havido um entendimento" por parte das autoridades, entre elas as sanitárias, a Polícia de Segurança Pública e a Câmara de Lisboa, "levou a esta má solução", que foi fechar o Marquês de Pombal. 

Recordando que o ano passado - nos festejos do FC Porto - "não foi assim" e que "a vitória foi comemorada sem que houvesse nenhuma notícia de qualquer sentimento de perigo ou de incumprimento de regras sanitárias", Louçã indicou também que, em Fátima, as celebrações foram levadas a cabo com "muito cuidado". 

"A precaução tem de se manter" mas, no caso da festa do Sporting, "não aconteceu assim, porque não houve organização para poder dar uma resposta suficiente à vontade de comemorar daquela parte da população". 

Abuso não deve ser "generalizado"

Quanto aos comentários e exigências que se seguiram à festa leonina - por exemplo das discotecas, que se encontram com restrições -, para Louçã estes "não têm muito sentido". Para o fundador do Bloco de Esquerda, "tirar esta conclusão de que se houve um abuso então ele deveria ser generalizado, não tem grande sentido"

É mais o "desespero de alguns setores económicos que estão muito atrapalhados, como se compreende, do que propriamente uma resposta racional". Deste modo, "é preciso manter regras prudentes num prazo de desconfinamento" que se espera "rápido".

Já instado a comentar o silêncio do ministro da Administração Interna a esta situação, Francisco Louçã indicou que "António Costa defenderá Eduardo Cabrita aconteça o que acontecer", até porque há uma relação "política e pessoal intensa e ele quer mantê-la". 

"Eduardo Cabrita deveria ter falado logo. Respondido logo. Quando o primeiro-ministro fala sobre o assunto, pronto, o Governo falou. Mas Costa falou de uma consequência política quando Cabrita devia ter falado do que falhou do ponto de vista da organização" e isso "provou fraqueza" porque o ministro "não interveio". 

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