"Tudo me leva a acreditar que o objetivo que estabeleci, de termos um consenso muito alargado na Assembleia da República, será atingido. Estou otimista sobre o processo. Quanto a turbulência nas FA, não prevejo isso. Vejo que há alguma entre antigos chefes. Mas não vejo turbulência refletida nos atuais chefes e noutras estruturas das FA. Vejo as FA muito serenas, a encararem com toda anormalidade", disse Gomes Cravinho.
O responsável governamental respondia a perguntas dos jornalistas após a reunião do Conselho de Ministros que aprovou a centralização de competências no Chefe do Estado-Maior-General das FA (CEMGFA).
O objetivo do responsável da tutela é "melhorar processo de trabalho entre tutela politica e FA, maximizar a eficácia operacional, promovendo a atuação em conjunto, minimizar redundâncias e estabelecer claramente linhas de comando", com mais "coerência global" e "modernização", no sentido de "pensar as FA do futuro".
"As reuniões -- e houve muitas (Conselho Superior de Defesa Nacional, três Conselho de Estado, três vezes em Conselho de Ministros) -- [foram] muitas oportunidades de acolher ideias e melhorar a logística e algum conteúdo", adiantou, referindo-se às inúmeras consultas e apresentações do plano em diversas esferas.
Gomes Cravinho adiantou ainda que vai continuar a reunir-se com os partidos com assento parlamentar sobre o assunto.
"Com os partidos políticos, não há nenhuma discriminação. Ainda não falei com o CDS porque calhou que se tivesse agendado para amanhã [sexta-feira]. Com o BE, por acaso sim, já falámos. Com PSD, PCP, Iniciativa Liberal, PAN já houve essas conversas, outras terão lugar amanhã [sexta-feira]", concluiu.
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