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Recolher obrigatório em vários países. Irá Portugal seguir esse caminho?

Situação epidemiológica agrava-se em toda a Europa e Portugal não é exceção. França, Bélgica e Espanha impuseram o recolher obrigatório. Por cá, António Costa afirmou que não podemos "excluir qualquer tipo de medida", quando questionado sobre essa possibilidade.

Recolher obrigatório em vários países. Irá Portugal seguir esse caminho?
Notícias ao Minuto

08:18 - 26/10/20 por Melissa Lopes

País Pandemia

Portugal ultrapassou, na semana passada, a barreira dos três mil casos diários de infeção pelo novo coronavírus, tendo no sábado registado um novo máximo ao somar 3.669 infetados.

A tendência de agravamento da pandemia, que acontece em toda a Europa, levou o Governo a decidir proibir, a nível geral, a circulação entre concelhos durante cinco dias (de 30 de outubro a 3 de novembro), e a nível local, impor o dever de permanência em casa em Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, concelhos que registam maior incidência de infeções

Paralelamente, vários países apertam ainda mais as restrições ao impor o recolher obrigatório devido à evolução da pandemia, como é o caso de França e Bélgica, além de Itália, Grécia, Chipre, Irlanda e Eslovénia. Espanha, por exemplo, decretou o Estado de Emergência por seis meses, que permitirá a instauração do recolher obrigatório em todo o país para travar o aumento de casos do novo coronavírus. Irá Portugal seguir o mesmo caminho?

Este domingo, no espaço de comentário habitual na SIC, Marques Mendes disse que o "recolher obrigatório irá chegar cá" e que o Estado de Emergência vai ser decretado em breve. O comentador defendeu ainda que o primeiro-ministro e o Presidente da República devem fazer uma comunicação ao país.

Também o presidente do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas defendeu o recolher obrigatório como "algo que sem de começar a pensar muito seriamente". Em entrevista à SIC, Fausto Pinto disse que as medidas impostas pelo Governo "vão ao encontro de procurar diminuir as cadeias de transmissão" e servem para não haver "medidas ainda mais restritivas, como um confinamento mais pesado". 

A verdade é que a hipótese não tem sido afastada pelo primeiro-ministro que, questionado pelos jornalistas este fim de semana, afirmou que não podemos "excluir qualquer tipo de medida", considerando, no entanto, prematuro avançar para o Estado de Emergência. 

"Acho que é prematuro [o Estado de Emergência]. O estado de Calamidade é o adequado. Temos de ter consciência que isto não é uma corrida de curto prazo, é uma maratona", afirmou o primeiro-ministro. 

António Costa recordou o estado de Calamidade "permite a adoção de medidas diferenciadas no território", frisando que o Governo está "concentrado nas medidas já anunciadas". Sobre o recolher obrigatório, o chefe do Executivo disse: "Não podemos excluir a necessidade de adotar qualquer tipo medida, mas temos de gerir o nosso esforço". "Temos de ir distribuindo e guardando as medidas para as utilizarmos nos momentos necessários".

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