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Ponte de Lima recomenda suspensão da faturação da Águas do Alto Minho

A Câmara de Ponte de Lima informou hoje ter recomendado à Águas do Alto Minho (AdAM) a suspensão imediata da faturação e a melhoria do atendimento, face à "insatisfação" manifestada pelos consumidores nos quatro meses de funcionamento da empresa.

Ponte de Lima recomenda suspensão da faturação da Águas do Alto Minho
Notícias ao Minuto

15:35 - 21/04/20 por Lusa

País Viana do Castelo

Em comunicado hoje enviado às redações, a autarquia do distrito de Viana do Castelo disse que a recomendação feita à empresa de gestão das redes de água em baixa e de saneamento resultou de uma proposta aprovada na segunda-feira, por unanimidade, pelo executivo municipal.

O documento, enviado ao ministro do Ambiente e da Transição Energética, aos acionistas e à Comissão de Parceria das Águas do Alto Minho, "recomenda a suspensão imediata de toda a faturação até serem corrigidos todos os erros e anomalias ocorridas de forma sistemática, bem como, a entrada em funcionamento efetivo e eficaz de um atendimento telefónico que dê uma resposta cabal às solicitações da população, num momento em que não se pode recorrer ao atendimento presencial".

A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% por sete municípios do distrito de Viana do Castelo - Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (Movimento independente PenCe - Pensar Cerveira) - que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Três concelhos do distrito - Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) - reprovaram a constituição daquela parceria.

A nova empresa começou a operar em janeiro, "dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, a cerca de 100 mil clientes, e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes".

Hoje, na nota enviada à imprensa, o executivo municipal de Ponte de Lima destaca que "um dos pressupostos fundamentais" que levou à constituição da AdAm foi "a garantia da qualidade do serviço prestado à população".

"Foi percorrido o caminho necessário para que a sua entrada em funcionamento pudesse ocorrer sem grandes percalços, dando-se o tempo suficiente e a colaboração necessária e adequada para se alcançar essa maturidade. Acontece, no entanto, que quatro meses após a entrada em funcionamento da AdAM, existe uma série de insatisfações que lamentamos, e para as quais solicitamos uma intervenção urgente", destaca.

Na nota, a autarquia presidida por Victor Mendes aponta que "as anomalias detetadas ao nível da faturação têm sido demasiado frequentes, para aquilo que seria neste momento admissível, atingindo um número significativo de consumidores e gerando um conjunto de incoerências que causam, por si só, indignação e insatisfação por parte dos mesmos relativamente ao serviço prestado".

"Com o intuito de não continuar a gerar problemas a este nível, que incontornavelmente se irão acumular e obrigarão a um desperdício de energias e tempo na sua futura resolução, quer por parte dos munícipes quer por parte da própria AdAM, propomos que seja suspensa de imediato toda a faturação até esses erros serem cabalmente corrigidos, o mais urgentemente possível, devendo essa situação ser comunicada à população", sublinha a Câmara de Ponte de Lima.

O município avisa que "a não tomada de uma posição firme relativamente a esta questão, pode trazer danos irreversíveis ao nível da confiança que os cidadãos depositam na nova empresa".

"A baixa capacidade de resposta, ou mesmo a ausência de atendimento, através das várias linhas de contacto telefónico da AdAM que deveriam neste momento ser reforçadas, na medida em que será o meio de contacto privilegiado pelos munícipes na ausência do atendimento presencial, por força das atuais circunstâncias relacionadas com o covid-19, constitui um problema sério", refere ainda a autarquia.

A Câmara de Ponte de Lima "lamenta" não ter sido "acionada uma solução atempada e eficaz" ao atendimento ?online', considerando que, "neste momento há quase uma ausência de resposta às reclamações, solicitações para a celebração de contratos, comunicação de avarias, entre outras, a uma fatia considerável da população do Alto Minho, que torna toda a situação ainda mais grave e perturbadora".

"Recomendamos que o mais brevemente possível seja encontrada uma forma de ultrapassar este problema e promover a comunicação eficaz e eficiente dos munícipes e das empresas com a AdAM, em prol da qualidade do serviço público que se pretende garantir", remata a autarquia.

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