"É absolutamente imprescindível renovar o Estado de Emergência"

Primeiro-ministro fez intervenção no Parlamento antes da votação do decreto presidencial que renova o Estado de Emergência.

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Melissa Lopes
02/04/2020 11:12 ‧ 02/04/2020 por Melissa Lopes

Política

Costa

"Há precisamente 44 anos, esta AR reunia para aprovar a Constituição da República Portuguesa de 1976. Ao longo destes 44, a nossa constituição garantiu-nos as liberdades, mas quando agora foi necessário garantiu também a autoridade necessária para (...) enfrentarmos uma pandemia como nunca tínhamos vivido", disse o primeiro-ministro no debate desta quinta-feira. 

"Seguramente que há 44 anos, ninguém sonhava que hoje celebraríamos assim a aprovação da Constituição", prosseguiu.

Costa recordou que faz hoje precisamente um mês que foi diagnosticado  primeiro caso de Covid-19 em Portugal.

"Ao longo deste  mês, todos têm conhecido qual foi a evolução da doença e sabemos que ela vai continuar a evoluir, alargando o número de pessoas infetadas, o número de pessoas que vão ficar mais tempo doentes e, infelizmente, o número de pessoas que irão falecer". 

Se há 15 dias era necessário decretar o estado de emergência, defendeu, "hoje é absolutamente imprescindível renovar o estado de emergência". 

"Não porque tenha sido por causa do estado de emergência que os portugueses começaram uma notável disciplina e consciência, sentido cívico e responsabilidade, a auto limitar-se na sua capacidade de circulação (...) Não porque ao longo destes 15 dias não tenham acatado aquilo que são as limitações impostas".

Nestes 15 dias, disse, houve 20 violações do confinamento e  11 violações da ordem de encerramento de estabelecimento. "De facto, o comportamento português tem sido absolutamente extraordinário", elogiou. 

Para o primeiro-ministro, não renovar hoje o estado de emergência "seria dar a mensagem errada quando há 15 dias se considerou essencial que o estado de emergência fosse decretado".

"Seria dar a entender que aquilo que há 15 dias era necessário, hoje deixou de o ser. Ora, não é verdade. Continua a ser até mais necessário. Conforme o tempo vai decorrendo o risco vai aumentando, desde logo do risco da própria fadiga da autocontenção", justificou.

 

 

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