"É absolutamente imprescindível renovar o Estado de Emergência"
Primeiro-ministro fez intervenção no Parlamento antes da votação do decreto presidencial que renova o Estado de Emergência.
© Global Imagens
Política Costa
"Há precisamente 44 anos, esta AR reunia para aprovar a Constituição da República Portuguesa de 1976. Ao longo destes 44, a nossa constituição garantiu-nos as liberdades, mas quando agora foi necessário garantiu também a autoridade necessária para (...) enfrentarmos uma pandemia como nunca tínhamos vivido", disse o primeiro-ministro no debate desta quinta-feira.
"Seguramente que há 44 anos, ninguém sonhava que hoje celebraríamos assim a aprovação da Constituição", prosseguiu.
Costa recordou que faz hoje precisamente um mês que foi diagnosticado primeiro caso de Covid-19 em Portugal.
"Ao longo deste mês, todos têm conhecido qual foi a evolução da doença e sabemos que ela vai continuar a evoluir, alargando o número de pessoas infetadas, o número de pessoas que vão ficar mais tempo doentes e, infelizmente, o número de pessoas que irão falecer".
Se há 15 dias era necessário decretar o estado de emergência, defendeu, "hoje é absolutamente imprescindível renovar o estado de emergência".
"Não porque tenha sido por causa do estado de emergência que os portugueses começaram uma notável disciplina e consciência, sentido cívico e responsabilidade, a auto limitar-se na sua capacidade de circulação (...) Não porque ao longo destes 15 dias não tenham acatado aquilo que são as limitações impostas".
Nestes 15 dias, disse, houve 20 violações do confinamento e 11 violações da ordem de encerramento de estabelecimento. "De facto, o comportamento português tem sido absolutamente extraordinário", elogiou.
Para o primeiro-ministro, não renovar hoje o estado de emergência "seria dar a mensagem errada quando há 15 dias se considerou essencial que o estado de emergência fosse decretado".
"Seria dar a entender que aquilo que há 15 dias era necessário, hoje deixou de o ser. Ora, não é verdade. Continua a ser até mais necessário. Conforme o tempo vai decorrendo o risco vai aumentando, desde logo do risco da própria fadiga da autocontenção", justificou.
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