Num despacho sobre medidas adicionais de prevenção à Covid-19, o município escalabitano reafirma que se mantém o atendimento telefónico e por correio eletrónico na Loja do Cidadão, e determina que o cemitério da cidade apenas funcionará para inumações e exumações já agendadas, com restrição da presença em funerais a 20 pessoas (familiares e agentes funerários), sendo encerrada a capela e suspenso o atendimento presencial.

O despacho assinado pelo presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, afirma que está assegurada a recolha normal de resíduos urbanos, "solicitando-se aos munícipes cooperação e colaboração na manutenção da higiene pública", nomeadamente, colocando os indiferenciados "em sacos de plástico bem atados, sempre dentro do contentor, fechando a tampa deste".

No caso dos ecopontos, o município apela a que, caso estejam cheios, os munícipes os armazenem temporariamente em casa, "uma vez que não produzem maus cheiros", reforçando o apelo a uma "correta separação, acondicionamento e deposição dos resíduos".

Fica suspenso o funcionamento do refeitório municipal e do bar do Centro de Apoio Social, tendo o município, na sequência da suspensão do atendimento pessoal, decidido colocar em teletrabalho os trabalhadores cujos conteúdos funcionais o permitam.

"Reitera-se o apelo a todos os munícipes para que possam assumir uma atitude cooperante e responsável, adotando as recomendações das entidades oficiais", afirma o comunicado.

As medidas que têm vindo a ser decretadas desde o passado dia 10 vigoram até ao próximo dia 31, data em que serão objeto de revisão ou adequação em função da evolução da situação e com vista à prevenção e controlo da Covid-19, acrescenta.

No concelho de Santarém residem 62.200 pessoas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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