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Marcelo lamenta morte de Oliveira Sales. "A sua memória ficará sempre"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte do comendador António Oliveira Sales, que morreu na sexta-feira, e recordou "uma das figuras mais relevantes da comunidade macaense e portuguesa" em Hong Kong.

Marcelo lamenta morte de Oliveira Sales. "A sua memória ficará sempre"
Notícias ao Minuto

16:35 - 07/03/20 por Lusa

País Presidente da República

De acordo com uma nota publicada hoje na página oficial da Presidência da República na internet, o chefe de Estado apresenta "as mais sentidas condolências à família" de Oliveira Sales, considerando que foi "umas das figuras mais relevantes da comunidade macaense e portuguesa em Hong Kong".

Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta que "a sua memória ficará sempre" associada ao "mundo desportivo, nomeadamente ao desporto olímpico", uma vez que o comendador foi "presidente do Comité Olímpico" daquela antiga colónia britânica e "ficou conhecido como o 'senhor desporto'".

O Presidente da República recorda ainda a "lealdade às origens portuguesas e o trabalho que desenvolveu em nome de Portugal".

Já o presidente da Associação dos Macaenses (ADM), Miguel de Senna Fernandes, referiu que o comendador António Oliveira Sales era um nome máximo da "diáspora macaense" e "uma figura de destaque da comunidade portuguesa de Hong Kong".

"Cresceu em Hong Kong, fez-se homem em Hong Kong" e era "uma figura de destaque da comunidade portuguesa" na antiga colónia britânica, declarou à Lusa Miguel de Senna Fernandes.

"Recordo os primeiros encontros das comunidades macaenses" em que António Oliveira Sales era "a figura da diáspora macaense", sublinhou.

O "descendente de famílias macaenses", nascido em 1920, na região chinesa de Cantão, foi o primeiro presidente do Conselho Urbano de Hong Kong (um conselho municipal responsável pelos serviços municipais na ilha de Hong Kong e em Kowloon), em 1973, acrescentou o presidente da ADM.

António Oliveira Sales foi ainda um dos fundadores da Federação Desportiva e do Comité Olímpico de Hong Kong, tendo sido presidente desta instituição em 1972, durante os Jogos Olímpicos de Munique, marcados pelo homicídio de 11 israelitas por parte de um grupo terrorista palestiniano.

"A equipa de Hong Kong estava no mesmo edifício que os israelitas", contou Senna Fernandes.

"Ele negociou com os terroristas, explicando que a equipa de Hong Kong nada tinha a ver com o problema e os palestinianos concordaram em soltar a equipa de Hong Kong", acrescentou Miguel de Senna Fernandes.

António Oliveira Sales, que morreu com 100 anos, já se encontrava afastado da vida pública há vários anos.

"Há cinco anos que se encontrava muito mal, segundo os seus familiares. Paz à sua alma", afirmou.

Em comunicado divulgado hoje, a Federação Desportiva e Comité Olímpico de Hong Kong recordou que "sob a sua presidência de 1967 a 1998, os atletas de Hong Kong foram ganhando reconhecimento gradualmente em muitas competições multidesportivas internacionais, como os Jogos da Commonwealth, os Jogos Olímpicos e os Jogos Asiáticos".

"Com a sua visão e o máximo esforço, Hong Kong permaneceu como uma entidade desportiva separada após a passagem da soberania", do território do Reino Unido para a China, enfatizou a organização.

"O seu trabalho como presidente do Conselho Urbano, Membro da Autoridade de Habitação, Comité Consultivo de Direito Básico de Hong Kong e outros serviços públicos foi amplamente reconhecido pelos governos de Hong Kong e por várias organizações. A sua morte é uma grande perda para o desporto e para a comunidade local", acrescentou aquela organização.

Arnaldo de Oliveira Sales morreu na sexta-feira. Devido à doença, Oliveira Sales afastou-se da vida pública nos anos 2000 e estava internado há cerca de dez anos no hospital Hong Kong Sanatorium, noticiou o diário da antiga colónia britânica South China Morning Post.

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