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Regulador pede "cuidados redobrados" aos media para evitar alarme social

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) elaborou um guia de boas práticas para a cobertura de epidemias e apelou aos órgãos de comunicação social para que tenham "cuidados redobrados" em situações que possam causar alarme social.

Regulador pede "cuidados redobrados" aos media para evitar alarme social
Notícias ao Minuto

11:53 - 06/03/20 por Lusa

País Covid-19

"O regulador relembra o papel que os media têm no alerta e informação ao público, em matéria de saúde pública, sobretudo se elas configuram emergências, desencadeadoras de estados de inquietação e nervosismo entre o público, caracterizáveis como de generalizado alarme, justificando cuidados redobrados na confirmação da veracidade da informação", lê-se na nota publicada na quinta-feira no 'site' da ERC.

Entre as recomendações, o regulador destaca "os deveres de rigor" dos media, devendo, por isso, abster-se da formulação de juízos especulativos e alarmistas e da divulgação de factos não confirmados, dando prioridade às fontes de informação especializadas, preferencialmente médico-científicas.

De acordo com o guia de boas práticas, as transmissões em direto só devem ser feitas mediante a existência de novidade e da relevância do que é reportado, não devendo exagerar-se na sua duração ou "constante repetição".

A ERC apela também a que se evite a divulgação de imagens fotográficas e vídeos de vítimas de doença retirados das redes sociais e, ainda, a que os jornalistas não recorram a frases estereotipadas nem ao uso excessivo de adjetivação e generalizações "que possam contribuir para empolar o acontecimento".

A proteção da intimidade da vida privada dos doentes e das suas famílias é também um dos cuidados que a comunicação social deve ter, bem como não recolher "imagens e declarações de doentes, familiares ou pessoas em manifesto estado de vulnerabilidade psicológica, emocional e física, independentemente do consentimento dado pelas mesmas".

O cumprimento destas práticas, sublinha, deve ser alvo de "especial cuidado" quando os doentes forem menores de idade.

"As práticas jornalísticas devem-se pautar por um tratamento informativo rigoroso e isento, garantindo o cumprimento das normas ético-legais próprias da atividade jornalística e o respeito pelos direitos fundamentais dos visados", relembra o regulador.

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