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Vírus: Adriano está isolado. Serão hoje conhecidos resultados dos testes

Foi este sábado conhecido o caso de um português tripulante do navio Diamond Princess que pode estar infetado com o Covid-19. Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou infeção no domingo.

Vírus: Adriano está isolado. Serão hoje conhecidos resultados dos testes

As autoridades portuguesas têm estado em estreita colaboração com as autoridades japonesas no sentido de acompanhar o evoluir da situação de tripulantes portugueses a bordo do navio Diamond Princess, mas foi através da imprensa que este sábado se conheceu o nome de Adriano Maranhão, que, de acordo com a mulher, terá sido diagnosticado como positivo.

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, admitiu que o Japão informou, na sexta-feira à noite, que a tripulação do navio tinha começado a ser testada no dia 20. 

A secretaria de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, contactada pelo Notícias ao Minuto, remeteu informações para mais tarde, que chegou através de comunicado enviado à agência Lusa, dando conta do resultado dos testes.

"Foi confirmado pelas autoridades de saúde japonesas que a pessoa em causa deu teste positivo. A família está informada, assim como o próprio", revela fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"Neste momento está numa cabine, fechado, desde há 7 ou 8 horas"

Adriano Maranhão foi o primeiro caso diagnosticado de um português com Covid-19, ainda que fora do país. Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.

O português, recorde-se, é um dos passageiros do navio Diamond Princess, em quarentena desde 3 de fevereiro no porto de Yohokoma, a sul de Tóquio, depois de ter sido detetado pelo menos um caso de infeção com o Covid-19. O cruzeiro é o maior foco de Covid-19 fora da China continental, tendo registado mais de 600 infetados entre os passageiros, dois dos quais morreram.

Segundo a sua mulher, Adriano, pai de três filhos menores, trabalha como canalizador no navio, onde estava em missão desde 13 de dezembro. O homem, indicou Emmanuelle Maranhão, só foi testado há dois dias, quando começaram a desembarcar os primeiros passageiros, tendo sido nessa altura colocado numa cabine em isolamento.

"Neste momento está numa cabine, fechado, desde há 7 ou 8 horas, ou mais, sem apoio, sem medicação, sem tratamento, sem nenhum tipo de procedimento nem encaminhamento e sem comer sequer", lamentou Emmanuelle este sábado, lamentando ainda a falta de apoio.

"Já houve casos em que deu positivo e era um falso positivo"

Emmanuelle Maranhão já terá, entretanto, sido contactada pelas autoridades portuguesas, pelo menos, pelo Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa disse aos jornalistas, no sábado, que falou com a mulher do tripulante que estará infetado. "Falei com a esposa, ainda antes de falar com os senhores ministros [dos Negócios Estrangeiros e da Saúde] e ela estava naturalmente ansiosa e preocupada", sublinhou.

O chefe de Estado sublinhou, na altura, que era necessária confirmação oficial por parte das autoridades japonesas antes de serem discutidas medidas a tomar, uma vez que "já houve casos em que deu positivo e era um falso positivo".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros indicou que está a "insistir junto das autoridades locais para que se proceda à sua transferência para o hospital de referência", no Japão.

O número de mortos de coronavírus Covid-19 cifra-se nesta altura, em termos globais, em 2.646. Além de 2.442 mortos na China continental, morreram seis pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, quatro na Coreia do Sul, duas em Itália, uma nas Filipinas, uma em França e uma em Taiwan.

O número na China continental foi revisto em alta este sábado depois de se registarem mais 97 vítimas mortais nas últimas 24 horas (96 na província de Hubei). A Comissão de Saúde da China registou ainda mais 648 novos casos (630 na província de Hubei) de infeção para um total de 76.938. 

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