Segundo Mário Coelho, a situação deu-se na quinta-feira, pelas 15:30, quando o aluno de 16 anos do curso profissional de Fotografia atacou os colegas de 16 e 17 anos, ambos do curso de Multimédia, ferindo um numa perna e outro numa nádega.
Os dois feridos receberam tratamento hospitalar, tiveram alta pouco depois e, às 18:30, já estavam a prestar depoimento na esquadra local da PSP, mas o diretor da escola garante que o agressor "é um rapaz pacato, que esteve sobretudo a defender-se".
"Ele nunca teve historial de irreverente e toda a gente o dá como um rapaz sossegado", declarou Mário Coelho à agência Lusa. "Só que isto mete uma namorada ao meio, ele já andava a ser insultado e ameaçado no Facebook há uns tempos, foi acumulando, acumulando, e depois, quando começaram a pegar-se na escola, teve aquela reação, mais para se defender do que outra coisa".
Realçando que "nunca houve casos destes na escola", onde atualmente lecionam cerca de 1.500 alunos, o professor argumenta que o desacordo foi agravado pela troca de comentários na rede social da Internet, já que "o Facebook tem coisas boas, mas também tem estas más - que é servir para os miúdos se insultarem quando não gostam uns dos outros".
A Escola Básica e Secundária Oliveira Júnior tem em funcionamento, há vários anos, uma Comissão de Disciplina e Gestão de Conflitos, que procura erradicar as hipóteses de evolução para este tipo de situações logo à primeira denúncia de atrito ou mal-estar.
Mário Coelho assegura que essa estrutura tem tido "excelentes resultados" e admite que, neste caso, o conflito só terá passado despercebido porque os dois jovens agredidos "estão na escola pela primeira vez" e professores e colegas "ainda não os conhecem tão bem".
O caso, relatado esta manhã no Jornal de Notícias, está agora no Ministério Público, sendo que o agressor é hoje presente a tribunal para definição das respetivas medidas de coação.
O diretor do conselho executivo da escola adianta que, internamente, a situação também será objeto de um processo disciplinar.