Em comunicado, a PJ referiu que a produção clandestina "se desenvolvia em instalações industriais desativadas", acrescentando que a operação decorreu no âmbito de uma "investigação por tráfico de estupefaciente, fraude fiscal e branqueamento de capitais", em cooperação com a Polícia Marítima de Faro e a Unidade de Controlo Costeiro da GNR de Olhão.
A Judiciária adiantou, na nota, que as instalações clandestinas se situavam num "polígono industrial da cidade de Faro", mas uma fonte policial precisou à agência Lusa que a unidade funcionava na "zona do cais comercial de Faro".
"Após semanas de investigação, foi possível recolher indícios que permitiram concluir a existência de uma relação desta unidade com o tráfico de droga", disse a mesma fonte à Lusa.
A PJ referiu que foram identificadas quatro pessoas, "de nacionalidade espanhola, conotadas com o fabrico e o transporte das embarcações".
Foram também apreendidas "três embarcações semirrígidas, com aproximadamente 12 metros de comprimento, de cor preta, duas delas em processo final de construção e uma em formato modular", assim como "diversa matéria-prima e ferramentas adequadas ao seu fabrico".
"A produção desenvolvia-se em total clandestinidade, sem qualquer registo, alvará ou autorização e constitui facto inédito na região", realçou ainda a mesma fonte.