Valongo. Estimado que tenham sido atirados 100 litros de óleo para minas

A quantidade de óleo de automóvel atirado para duas minas da serra de Santa Justa pode chegar aos 100 litros, disse hoje à Lusa, Vítor Amendoeira, do Grupo de Espeleologia e Montanhismo (GEM) que colabora na limpeza do local.

Reforço de segurança é com as câmaras. Só Porto e Coimbra interessadas

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Lusa
20/01/2020 18:21 ‧ 20/01/2020 por Lusa

País

Valongo

Amara de Valongo denunciou a 15 de janeiro o despejo ilegal de detritos no Fojo das Pombas, um dos 300 buracos, segundo o município, existentes na serra de Santa Justa, resultantes da extração mineira.

Desde então, no terreno a fazer a remoção dos detritos, "quase todos relacionados com automóveis, como pneus, tapetes ou matrículas", o GEM, segundo o seu responsável pela secção de espeleologia, estima que entre "bidões de cinco e 25 litros, tenham sido atirados para o buraco, de 70 metros de profundidade, entre 60 a 100 litros, que estão a verter o seu conteúdo".

No sábado, no âmbito da limpeza em curso, os "espeleólogos do GEM encontraram outro fojo poluído, o G1, a poucos metros de distância do primeiro", tendo chamado as autoridades, que "procederam ao registo do material encontrado" no segundo buraco, acrescentou.

Entre o material recolhido, disse Vítor Amendoeira, "estavam matrículas de carros, apurou depois a PSP, que foram dados como sendo de veículos roubados".

A preocupação dos espeleólogos, que, com a colaboração da Divisão de Ambiente e Proteção Civil do Município de Valongo e dos Bombeiros Voluntários de Valongo, procederam à sua recolha e devido encaminhamento, centra-se agora "em evitar a contaminação de uma pequena linha de água subterrânea, que corre no local para onde foram atirados os detritos, nomeadamente os bidões", disse.

À Lusa, o responsável da GEM defendeu "a criação de uma barragem para conter o contaminante, deitando um absorvente na água, para deter esse óleo, sendo depois a água bombeada para o exterior".

No meio deste processo, "quando se fizer a lavagem das paredes, os óleos vão escorrer para a terra e será posteriormente levada para o exterior e depositada num sítio coerente - um aterro para esse fim - mas terá de ser uma equipa especializada a fazê-lo", acrescentou.

"A câmara está alertada para o problema. Tanto ela como o Parque das Serras do Porto têm em mãos um problema ambiental. Tem de ser a gestão do território a resolvê-lo", frisou o responsável.

Segundo o município, no decurso dos trabalhos de sábado, foram "descobertos alguns anfíbios que, por estarem contaminados com o óleo derramado, foram recolhidos e entregues no Centro de Recuperação de Fauna do Parque Biológico de Gaia".

A PSP do Porto confirmou à Lusa a "recolha de materiais que estão a ser registados", sem especificar quais.

"Estamos a fazer algumas diligências e pode ser que algum material nos leve aos autores", acrescentou a fonte.

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