O número de crianças encaminhadas para adoção tem diminuído nos últimos anos, revela o relatório de 2018 do Conselho Nacional para a Adoção, citado pela TVI.
Em 2016, havia 361 crianças com sentenças de adotabilidade. Em 2017, o número decresceu para 284 e, em 2018, diminuiu ainda mais para 183, ou seja, entre 2017 e 2018, foram encaminhadas para adoção menos 99 crianças, o que corresponde a uma diminuição de 36%
Das 183 crianças que os tribunais acharam que deveriam ser adotadas em 2018, 182 foram de facto adotadas.
85% ficaram com casais heterossexuais, 12% com pessoas singulares e 3% com casais do mesmo sexo.
Estes números positivos contrapõem com o tempo de espera por uma criança. Mais de metade das famílias (54,1%) que formaliza candidatura para adotar um filho espera 5 ou 6 anos para tal acontecer.
As razões para isso acontecer estão relacionadas com as discrepâncias entre a pretensão dos candidatos e o perfil das crianças que estão para adotar. A maioria das pessoas quer bebés até aos três anos, mas as crianças disponíveis para adoção têm sete ou mais anos.
Aliás, de acordo com o relatório, o número de crianças mais velhas ou com problemas de saúde que esperam por uma família de adoção aumentou nos últimos anos.