"O Ministério da Agricultura, através da Autoridade Fitossanitária Nacional, iniciou o programa experimental de luta biológica contra a praga de quarentena Trioza erytreae, com largadas experimentais de um inseto parasitoide específico", avançou, em comunicado, o Governo.
A largada de 1.800 insetos parasitoides Tamarixia dryi foi realizada em outubro em quatro locais da região Centro e em três da região Oeste, em colaboração com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e a Dirección General de Sanidad de la Producción Agraria, o Instituto Superior de Agronomia, o Instituto Canario de Investigaciones Agrarias e o Instituto Valenciano de Investigaciones Agrarias.
Os insetos em causa foram libertados após a realização de uma análise prévia de risco e depois de obtida uma autorização de experimentação no contexto da legislação específica das espécies exóticas, ressalvou o ministério liderado por Maria do Céu Albuquerque.
De acordo com o Governo, os resultados obtidos noutras regiões, como nas Ilhas Canárias, em Espanha, indicam "excelentes taxas de parasitismo que estão a conduzir ao bom controlo" da praga.
Um programa similar teve também início, em outubro, na Galiza.
Os locais onde foram libertados os insetos, em Portugal e na Galiza, estão a ser monitorizados, "esperando-se vir a obter os primeiros resultados na próxima primavera", indicou o Ministério da Agricultura.
Além de provocar estragos diretos nos citrinos, a Trioza erytreae é vetor da doença, "considerada como a mais grave a nível mundial para estas espécies", a Huanglongbing ou Citrus Greening causada pela bactéria Candidatus liberibacter, que ainda não entrou na Europa.