Fardas da PSP com erros? Sim e está em causa a "imagem da polícia"

O Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública denuncia situações irregulares no fardamento da PSP, enfatizando que em causa está a "imagem da polícia".

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© Facebook| Sindicato Unificado da PSP 

Filipa Matias Pereira
02/08/2019 18:34 ‧ 02/08/2019 por Filipa Matias Pereira

País

PSP

O Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública (SUP) recorreu, esta sexta-feira, às redes socais para denunciar a falta de qualidade do fardamento da força de segurança.

A acompanhar a publicação está uma fotografia de um pólo com o emblema da PSP cosido ao contrário numa das mangas. "Considerando o fardamento uma peça fundamental para a imagem e exercício da profissão, verificamos continuamente que a entidade fornecedora não cumpre com os requisitos mínimos exigidos para fornecer uma instituição com a dignidade da PSP", denuncia o Sindicato na mesma publicação.

Em declarações ao Notícias ao Minuto, Peixoto Rodrigues, presidente do SUP, revelou que estas situações já são recorrentes. Mas não é apenas o não cumprimento dos requisitos mínimos que está em causa. O dirigente sindical denuncia ainda "falta de qualidade" no fardamento, "troca de tamanhos" e "dificuldade em fazer trocas junto da empresa responsável". 

Estes problemas terão tido início, acusou Peixoto Rodrigues, a partir do momento em que os polícias começaram a fazer os pedidos de fardamento através de uma plataforma online criada para o efeito. Até então, refira-se, os profissionais da classe dirigiam-se pessoalmente a "depósitos" para adquirir as peças do fardamento.

No entendimento do Sindicato, em causa está "a imagem da polícia", à qual não devem ser alheios "o diretor nacional [da PSP] e o ministro da Administração Interna". Peixoto Rodrigues vai ainda mais longe e acusa a Direção Nacional da PSP e o Ministério da Administração Interna (MAI) de "incompetência nesta matéria", já que "não estão a salvaguardar a imagem da PSP".

O Notícias ao Minuto tentou contactar a Direção Nacional da PSP e a empresa responsável pelo fornecimento do fardamento (Latino Group), mas não foi possível obter respostas em tempo útil. 

Volta a Portugal e horas extra não remuneradas à PSP 

Começou esta quarta-feira a 81.ª Volta a Portugal. A decorrer até ao próximo dia 11, a maior competição de ciclismo a nível nacional requer a presença de elementos de forças como a PSP para acautelar a segurança da prova. 

Com efeito, apurou o Notícias ao Minuto que os polícias não estão a receber as horas extra realizadas durante a prova. A título exemplificativo, se um polícia termina o turno às 16h, terá de permanecer no local da prova até às 19h, sem que essas horas sejam devidamente remuneradas. 

Peixoto Rodrigues confirmou ao Notícias ao Minuto a não compensação destes profissionais, que não acontece apenas na Volta a Portugal, mas também noutros eventos desportivos e de outras temáticas. 

Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), pese embora não tenha ainda conhecimento concreto da situação, diz não ficar surpreendido, já que "é rotineiro que os polícias tenham de integrar estas iniciativas". Muitas vezes, acusou ainda, "um polícia tem inclusive de fazer o trabalho de três ou de quatro colegas", dada a "falta de profissionais". 

Há casos ainda em que "os polícias têm de cancelar férias e folgas para que se mantenha a segurança neste tipo de eventos. Ou não se faz segurança, ou se obriga os polícias a trabalhar", sustentou. 

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