Audiências com AD, PS e Chega? "Correram bem" e "continuam para a semana"

O Presidente da República manifestou-se hoje confiante que vai haver estabilidade política em Portugal, considerou que as três audiências até agora correram bem e confirmou que voltará a ouvir PSD, PS e Chega na próxima semana.

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© FILIPE AMORIM/AFP via Getty Images

Lusa
20/05/2025 20:06 ‧ há 4 horas por Lusa

País

Marcelo Rebelo de Sousa

"Vamos ter estabilidade", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, à saída de uma sessão comemorativa dos 40 anos da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), no Museu dos Coches, em Lisboa.

 

O chefe de Estado fez sinal de que não tencionava falar aos jornalistas, à entrada e à saída desta iniciativa, mas acabou por dizer algumas palavras enquanto andava, em passo rápido, em direção ao Palácio de Belém, acompanhado por alguns elementos da comunicação social.

Interrogado se vai haver estabilidade, o Presidente da República respondeu que sim, mas realçou que o processo de audiências continua: "Vamos ter as reuniões, ainda faltam muitos partidos".

"Eu acho que correu bem, correu bem, qualquer das três [audiências]. Vamos ver, isto continua. Os três [PSD, PS e Chega] continuam para a semana", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, quando questionado se ficou mais sossegado depois das audiências de hoje.

Interrogado se teve alguma garantia da parte do PS ou do Chega, o chefe de Estado respondeu que não pode "contar publicamente aquilo que é um encontro privado com cada partido, faltando ainda sete partidos" serem ouvidos.

Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar o processo de substituição da liderança do PS.

Na quarta-feira, o Presidente da República vai ouvir a IL, às 11:30, e o Livre, às 17:00, prosseguindo as audiências aos partidos que obtiveram representação parlamentar nas legislativas antecipadas de domingo sobre a formação do novo Governo.

O chefe de Estado recebeu hoje o PSD, às 11:00, o PS, às 15:00, e o Chega, às 17:00.

Ficam a faltar audiências aos restantes cinco partidos que obtiveram representação parlamentar: PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP. 

O PCP anunciou hoje à tarde que vai apresentar no parlamento uma moção de rejeição do Programa do Governo.

Nos termos do n.º 1 do artigo 187.º da Constituição, "o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".

A AD (PSD/CDS-PP), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de domingo, com mais de 32% dos votos, sem maioria absoluta. Em coligação, os dois partidos elegeram 89 deputados, dos quais 87 são do PSD e dois do CDS-PP - mais de um terço dos 230 lugares do parlamento, mas longe da maioria absoluta. 

Quando estão por contabilizar os votos dos círculos da emigração e atribuir os respetivos quatro mandatos, o PS é o segundo mais votado, com 23,38% dos votos, e 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.

De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e depois o Livre, com 4,2% e seis eleitos.

A CDU (PCP/PEV) obteve 3,03% dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP. O BE, com 2%, o PAN, com 1,36%, e o JPP, da Madeira, com 0,34% dos votos em termos nacionais, tiveram um mandato cada um.

Leia Também: Presidente da República ouve IL e Livre na quarta-feira

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