Esta semana ficou a saber-se que o Zoomarine, no Algarve, foi incluído numa lista 'negra' de parques a não visitar por explorarem animais para entretenimento. As organizações em causa,  a World Protection e a  Fundação Change For Animals, denunciam as "performances e atividades humilhantes e cruéis" que "causam grande sofrimento físico e mental" aos animais e que são praticadas nos 12 zoos e parques aquáticos que visitaram. 

Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, o Zoomarine defende-se das acusações que considera "graves e infundadas". São "acusações inaceitáveis que incidem em falsos problemas ao nível do bem-estar de golfinhos". 

"Tais acusações são absurdas, carecem de fundamento científico, e têm como objectivo criar indignação pública, enquanto promovem as ditas associações e aumentam os donativos que estas constantemente solicitam", afirma o Zoomarine.

O parque aquático estranha que o relatório se foque exclusivamente em golfinhos,  ignorando as outras, aproximadamente, 200 espécies que habitam no Zoomarine.

"Adicionalmente, apenas são enunciados dois comportamentos (exibidos durante uma apresentação pública de 25 minutos, e que tem mais de 100 comportamentos distintos)", contesta o parque repudiando as acusações das duas organizações. O Zoomarine vê o relatório como "uma tentativa extremista de usarem falsos argumentos de 'mau-estar animal' para promoção ilícita de políticas de direitos dos animais. Isto é: 'Tentar fazer avançar as suas ideologias proibicionistas'", concretiza o parque. 

"Naturalmente, a nossa família de profissionais repudia categoricamente tais acusações e não reconhece bases técnico-científicas, fundamento clínico, experiência médico-veterinária em espécies exóticas, e/ou contexto etológico, a tal documento", lê-se.

O parque aquático reconhece ainda uma "vantagem" neste tipo "acusações". "Ajudam a separar o 'trigo do joio '– e permitem educar... E, nesses aspectos, entidades como o Zoomarine estão como 'peixe na água'".

"Sabemos que muitos animais sofrem no mundo, e há 30 anos que as nossas equipas de profissionais tentam educar os nossos visitantes e parceiros para tal sofrimento (e as suas causas). As muitas dezenas de prémios internacionais que ganhámos desde 1991 são um claro sinal das nossas apostas (e conquistas) ao nível do reforço constante do nível de bem-estar que as nossas famílias não-humanas desfrutam", acrescenta o comunicado, recordando a inspeção e avaliação da American Human - "a entidade mais prestigiada a nível mundial na avaliação de bem-estar animal em zoos modernos - , e que atribuiu 94,78% ao Zoomarine". 

O parque salienta ainda que, via American Humane, "o Zoomarine integra um muitíssimo restrito lote de menos de 40 entidades a nível mundial, e é apenas 1 dos 4 parques europeus que já conseguiu passar tal rigorosa avaliação e ostentar tão rara e exigente certificação". 

O Zoomarine diz compreender que existam entidades "que se oponham à partilha de vivências e emoções com animais... E temos consciência que, felizmente, os Zoos modernos desempenham um papel fundamental e cada vez mais urgente em termos de Ciência, Educação Ambiental, Conservação da Natureza e Ética (zoológica e societal)– e o Zoomarine sempre abraçou e continuará a abraçar tais nobres desígnios (incluindo o elevadíssimo nível de bem-estar dos espécimes à nossa guarda –os que são vistos em apresentações públicas e todos os outros, porque não são apenas os golfinhos que nos merecem muito respeito". 

Finalizando, o parque aquático garante que "continuará a desempenhar com orgulho e com alegria o seu papel, continuará a amar e proteger os espécimes que acolhe e que cá vivem, e continuará a mostrar, todos os dias, ano após ano, a quem nos visita e aos especialistas com quem cooperamos, os elevados níveis de bem-estar, de cuidado e de carinho que entregamos àqueles a quem o Zoomarine é dedicado e fiel: a nossa família zoológica". 

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