Paróquia cancela corrida de galgos que gerou indignação nas redes sociais
Recentemente, foram organizadas no Norte do país duas corridas de galgos que geraram indignação nas redes sociais. A respeito do tema, debatem-se hoje na Assembleia da República dois projetos de lei que visam precisamente pôr fim a este tipo de iniciativas.
© Reuters
País Gueifães
A Paróquia de Gueifães planeou, recentemente, a 1.ª Grande Corrida de Galgos da Paróquia de Gueifães. Porém, a iniciativa gerou uma onda de reações negativas e a corrida foi cancelada.
A Corrida de Galgos que a Paróquia idealizou para o dia 21 de julho foi nesta segunda-feira cancelada pelo padre, que recorreu à rede social Facebook para publicar um comunicado. Em causa estão "as reações" ao evento, sendo que grande parte dos utilizadores ficou "chocada" com a estratégia da igreja para, como defendeu, "angariar fundos para as obras, como também promover mais um evento cultural à comunidade”.
De acordo com o pároco, Orlando Santos, a corrida garantiria "o respeito pelos animais" e as reações "levam a concluir que deve haver um desvio do eixo do planeta Terra, que sempre deve ser tida em conta a responsabilidade de afirmações feitas, particularmente, em público".
Recorde-se que, também no Norte do país, esta segunda-feira, a delegação da Cruz Vermelha de Vila do Conde decidiu retirar o apoio a um evento que envolvia corridas de galgos, depois de perceber algum descontentamento da comunidade local.
"Fomos sensíveis à opinião de algumas pessoas, manifestada, sobretudo, nas redes sociais. Percebendo esse desagrado, nomeadamente de elementos ligados a movimentos de defesa dos animais, decidimos, após reflexão ponderada, não nos associarmos ao evento", explicou à Lusa Luísa Eça Guimarães, presidente da Cruz Vermelha vila-condense.
À semelhança da paróquia de Gueifães, também a Cruz Vermelha via no evento uma forma de a delegação angariar algumas "verbas importantes" para a missão social desenvolvida pela Cruz Vermelha em Vila do Conde.
Num comunicado partilhado na rede social Facebook, a SOSAnimal - Grupo de Socorro Animal de Portugal veio lamentar que "tal atividade [corrida de galgos] seja legal em Portugal e que tenha sido possível associar o bom nome da Cruz Vermelha a uma atividade cruel".
O Grupo de Socorro Animal deixa ainda um apelo aos deputados da Assembleia da República de forma a "tornarem ilegal esta atividade que viola grosseiramente a lei de proteção dos animais vigente em Portugal, uma vez que não estão asseguradas as regras básicas de bem estar animal e a segurança dos mesmos".
Foi, inclusive, criada uma petição pública online "pela proibição de corridas de galgos em Portugal" que já foi assinada por mais de 7.500 pessoas. Também o Parlamento irá discutir esta terça-feira dois projetos de lei, um do PAN e outro do BE, que visam a proibição das corridas de galgos.
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