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Modernização das fragatas vai aumentar tempo de vida até década de 30

O ministro da Defesa Nacional afirmou hoje que "as fragatas são navios extremamente caros" e, por isso, três das cinco que estão ao serviço da Marinha portuguesa serão modernizadas para terem "vida útil ainda na década de 2030".

Modernização das fragatas vai aumentar tempo de vida até década de 30
Notícias ao Minuto

11:45 - 10/05/19 por Lusa

País Ministro da Defesa

Falando aos jornalistas em Lisboa, à margem de um fórum multilateral que juntou os chefes das marinhas europeias, João Gomes Cravinho indicou que a Marinha dispõe atualmente de cinco fragatas.

Notando que estes "são navios extremamente caros", o responsável considerou "importante que essas fragatas tenham a maior longevidade possível", mantendo "as características necessárias para desempenharem as suas funções".

Por isso, "a partir de 2022/23" Portugal fará "um investimento na modernização de três das fragatas para que elas possam continuar a ter vida útil ainda na década de 2030", apontou João Gomes Cravinho.

"Nós temos responsabilidades tremendas em termos de vigilância do nosso espaço marítimo, vamos ter um alargamento da plataforma continental que resultará numa plataforma continental 44 vezes o tamanho de Portugal, e isto significa que precisamos de ter meios navais adequados", sustentou.

Neste seguimento, o ministro da Defesa referiu que "é muito importante que as fragatas estejam com condições para desempenhar as funções" que o país necessita que desempenhem.

Questionado também sobre o Navio Polivalente Logístico, que o governante já tinha admitido poder comprar em segunda mão, Gomes Cravinho disse que Portugal estará atento, "ao longo dos próximos anos, às possibilidades que o mercado possa produzir".

Referindo que este navio "será adquirido a partir de 2022", o responsável assinalou que este espaço temporal "dá dois ou três anos" para "programar o tipo de navio" a adquirir, uma vez que existem "muitos tipos de navio polivalente", e se será comprado "em segunda mão ou seria melhor construí-lo, de preferência aqui em Portugal".

"E, agora, neste próximo par de anos, o trabalho que nós temos pela frente é na definição das características específicas do tão ansiado Navio Polivalente Logístico, que finalmente a Marinha vai ter", apontou.

Este navio, que é uma "ambição antiga", vai ter capacidades militares, mas também vai permitir "ir ao socorro de populações numa situação de desastre natural", explicou o governante.

Sobre a Lei de Programação Militar, aprovada recentemente pela Assembleia da República, o ministro da Defesa salientou ser "estruturante para as Forças Armadas e para o país" para "os próximos 12 anos".

Segundo João Gomes Cravinho, este diploma vai permitir um "investimento grande em termos de possibilidades de duplo uso, do uso civil e militar", uma vez que "quase tudo aquilo que há de novo na Lei de Programação Militar" permite esta dualidade.

"Estamos também a fazer um investimento grande na nossa economia porque muito daquilo que se vai adquirir será produzido em Portugal e resultará também em estímulos para a inovação e para a produtividade das nossas indústrias de defensa", salientou.

O ministro vincou ainda que "a Marinha verá a sua capacidade significativamente reforçada", sobretudo com navios de patrulha oceânicos, também com um navio de abastecimento para substituir o atual que é "bastante antigo".

Gomes Cravinho defendeu também que é obrigação de Portugal acompanhar o aumento de investimento nas Forças Armadas que acontece um pouco por todo o mundo.

"Temos obrigação de não permitir que as nossas Forças Armadas tenham menor qualidade do que outras Forças Armadas", sustentou.

Notando que desta forma, o país respeita os compromissos internacionais que assumiu, nomeadamente com a NATO, o ministro da Defesa Nacional afirmou que, com o reforço de investimento que a Lei de Programação Militar vai permitir, isto corresponde também "ao interesse de Portugal".

Perante os representantes internacionais, o ministro falou deste diploma, do reforço previsto e também do desafio que representa o aumento da plataforma continental.

Gomes Cravinho adiantou também que Portugal submeteu à NATO uma candidatura para se tornar num "centro de excelência", com base no trabalho desenvolvido pelo Instituto Hidrográfico.

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