Bispo do Porto contra trabalhar ao domingo. "Esclavagismo" e "ganância"

Trata-se, na opinião do responsável da diocese do Porto, de uma questão de “esclavagismo” laboral.

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Patrícia Martins Carvalho
22/04/2019 08:02 ‧ 22/04/2019 por Patrícia Martins Carvalho

País

Missa de Páscoa

D. Manuel Linda criticou duramente, durante a homilia do domingo de Páscoa, na Sé do Porto, os “novos senhores do mundo” que obrigam os cidadãos a trabalhar ao domingo, quando este deveria ser um dia para e da família.

“Pensemos no novo esclavagismo da laboração contínua legalmente imposta pelos novos senhores do mundo que dominam a economia e, por esta, os governos”, começou por alertar o Bispo do Porto na missa de ontem, durante a qual garantiu que os “critérios de turnos” existem em “setores onde, para além da ganância, nada os justifica”.

As críticas de D. Manuel Linda foram dirigidas ao sistema económico que obriga a que se trabalhe do domingo e que, além de causar “graves transtornos psicológicos ao trabalhador” leva ao “fracionamento dos encontros familiares”.

“O mesmo se diga da abertura dos supermercados e dos centros comerciais ao domingo, expressão de um certo subdesenvolvimento humano e mesmo económico”, acusou o bispo que lembrou ainda que os “países mais ricos não abrem supermercados ao domingo”.

Citado pela agência Ecclesia, D. Manuel Linda “convocou” todos os “cristãos” para “esta árdua tarefa urgente de trazer nova alma à nossa cultura mediante a inserção nela da crença profunda da ressureição”, pois o que existe atualmente é uma “civilização fria, sem alma, individualista” que tem vindo a perder a sua “cultura humanista”.

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