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Procuradora do caso Comandos constituída arguida após queixa-crime

A procuradora Cândida Vilar foi constituída arguida no âmbito de uma queixa-crime por alegada "prevaricação" apresentada no Ministério Público por um dos arguidos no processo do curso de Comandos, no qual morreram dois recrutas.

Procuradora do caso Comandos constituída arguida após queixa-crime
Notícias ao Minuto

10:04 - 10/04/19 por Lusa

País Cândida Vilar

De acordo com o jornal Público de hoje, a queixa, apresentada junto do Tribunal da Relação de Lisboa, foi enviada por um dos militares que está a ser julgado no caso dos Comandos, que acusa Cândida Vilar de ter ordenado detenções ilegais e de "prevaricação".

A agência Lusa tentou, sem sucesso, falar com a procuradora do MP Cândida Vilar e o advogado Alexandre Lafayette, defensor do tenente-coronel de infantaria, Mário Maia.

O tenente-coronel, arguido no processo do 127.º curso de Comandos acusa Cândida Vilar de "prevaricação, considerando que as detenções que ordenou no caso são ilegais", caso que foi arquivado.

O MP, segundo o Público, "decidiu arquivar o inquérito decorrente da queixa, mas Mário Maia pediu a abertura da instrução, a 25 de fevereiro, o que implica que legalmente passe a ser arguida".

"Pedindo a instrução, uma espécie de pré-julgamento, o militar tenta assim que sejam reunidas provas suficientes para que a procuradora vá a julgamento", escreve o jornal.

O pedido de abertura de instrução do processo foi aceite pelo juiz Rui Teixeira.

A queixa-crime foi apresentada pelo advogado Alexandre Lafayette, em nome de Mário Maia, que era diretor do 127.º curso em que morreram o furriel Hugo Abreu e o soldado Dylan da Silva, em virtude de um "golpe de calor".

Ao Público, Cândida Vilar confirmou apenas a sua constituição como arguida, recusando fazer mais comentários.

O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu no início de março levar a julgamento os 19 militares acusados no processo do 127.º curso de Comandos, no qual morreram os recrutas Dylan da Silva e Hugo Abreu.

Os recrutas, ambos com 20 anos à data dos factos, morreram enquanto vários outros instruendos sofreram lesões graves e tiveram de ser internados, na sequência de uma prova do 127.º curso de Comandos, que decorreu na região de Alcochete, distrito de Setúbal, a 04 de setembro de 2016.

Em junho do ano passado, o MP acusou 19 militares no processo, considerando que os arguidos atuaram com "manifesto desprezo pelas consequências gravosas que provocaram nos ofendidos".

Da lista dos 19 acusados de abuso de autoridade e de ofensa à integridade física, no processo desencadeado pela morte dos recrutas e pelo internamento de outros, constam oito oficiais do Exército, oito sargentos e três praças, todos do Regimento de Comandos.

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