Bispo emérito de Évora era um "homem santo", diz bispo de Beja

O bispo de Beja, João Marcos (na foto), lembrou hoje o arcebispo emérito de Évora Maurílio de Gouveia, que hoje morreu, como "um homem francamente bom, um homem santo", de "rosto sorridente" e "coração aberto".

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Lusa
19/03/2019 18:03 ‧ 19/03/2019 por Lusa

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João Marcos

Segundo o bispo de Beja, contactado pela agência Lusa, perdeu-se "um homem francamente bom, um homem santo".

"Tanto quanto eu o conheci", o arcebispo emérito "é um santo, um homem que lutou por levar o concílio às paróquias da sua arquidiocese, com zelo, com amor", destacou João Marcos, frisando ser "testemunha disso".

O arcebispo emérito de Évora Maurílio de Gouveia morreu hoje na Madeira, aos 86 anos, informou a Diocese do Funchal na sua página da internet.

"A Diocese do Funchal recebeu, com tristeza, a notícia do falecimento de Maurílio de Gouveia, neste dia da festa de São José, e manifesta o seu pesar", pode ler-se na nota.

Maurílio de Gouveia foi arcebispo de Évora durante quase 27 anos, entre setembro de 1981 e fevereiro de 2008.

O bispo de Beja, no cargo desde 03 de novembro de 2006, recordou hoje à Lusa que, quando ainda era "um padre novo", ordenado em 1974, conheceu o antigo arcebispo de Évora em Lisboa e que, depois, reencontrou-o em Évora.

"Quando eu dava colaboração como catequista itinerante em Évora, em 1981, tive algum contacto com ele e um relacionamento muito bom", evocou.

Maurílio de Gouveia "era aquele rosto sorridente, aquele coração aberto", continuou João Marcos, lembrando que "várias vezes" foi seu "motorista para ir aqui ou além", conforme os pedidos do antigo arcebispo.

A vida de João Marcos, depois, "levou outros voos", mas sempre que encontrava Maurílio de Gouveia sentia o mesmo: "Era uma presença espiritual alegre, feliz a exercer o ministério, com dedicação à diocese de Évora".

Natural do Funchal (Madeira), onde nasceu a 05 de agosto de 1932, Maurílio de Gouveia foi ordenado sacerdote em 1955, passando a liderar, 26 anos depois, a arquidiocese de Évora.

Segundo os dados biográficos do antigo arcebispo, disponibilizados à agência Lusa pela arquidiocese alentejana, Maurílio de Gouveia cursou no Seminário Diocesano do Funchal, onde foi ordenado sacerdote a 04 de junho de 1955.

Daí, seguiu para Roma, frequentando a Universidade Gregoriana e obtendo a licenciatura em Teologia Dogmática.

De regresso à Madeira, exerceu o ministério pastoral na paróquia de Machico, após o que foi nomeado vice-reitor e professor do Seminário do Funchal.

Na sua diocese, foi ainda assistente de vários movimentos de apostolado e David de Sousa, então bispo do Funchal, nomeou-o cónego da Sé, sendo que, mais tarde, exerceu as funções de diretor do diário diocesano "Jornal da Madeira".

A nomeação episcopal aconteceu a 26 de novembro de 1973, como titular de Fabiona e Auxiliar do Patriarcado de Lisboa, e a ordenação episcopal surgiu a 13 de janeiro do ano seguinte, na Sé do Funchal.

Quatro anos depois, a 22 de março, foi nomeado arcebispo titular de Mitilene e vigário geral do Patriarcado de Lisboa.

A nomeação para arcebispo de Évora aconteceu a 08 de setembro de 1981, festa da Natividade de Nossa Senhora, tomando posse três meses depois, no dia da festa da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, padroeira principal de Portugal e da Arquidiocese de Évora.

 

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