Questionado pelos jornalistas à margem da abertura da Festa a Flor que decorre em maio na Madeira, o chefe do executivo madeirense, o social-democrata Miguel Albuquerque, considerou que Luis Montenegro "foi demolidor e muito esclarecedor" contra o "populismo demagógico e barato" que, no seu entender, tem sido propalado em relação á empresa do primeiro-ministro.
Falando sobre o debate televisivo transmitido quarta-feira, o líder social-democrata madeirense argumentou que "a qualidade da classe política só pode existir se for aliciante estar na política".
O também responsável do PSD insular considerou que Luis Montenegro (PSD) "vai ganhar" as eleições nacionais antecipadas de 18 de maio, nas quais concorre em coligação com o CDS-PP "numa dinâmica de vitória".
Segundo Albuquerque, "à semelhança do que aconteceu na Madeira, os cidadãos normais, não são os comentadores, não são os profissionais políticos, não são os jornalistas, querem estabilidade no país".
Nas eleições regionais antecipadas em 23 de março, o PSD conseguiu eleger 23 deputados num universo de 47 lugares na Assembleia Legislativa da Madeira, tendo assegurado a maioria absoluta com um acordo governativo e parlamentar com o eleito do CDS-PP.
O parlamento madeirense é ainda constituído por 11 deputados do JPP, oito do PS, três do Chega e um da Iniciativa Libera (IL).
Para o líder madeirense, a campanha eleitoral pelo círculo eleitoral da Madeira, que elege seis deputados, está "a correr muito bem, uma campanha com humildade", apontando como objetivo ganhar no sufrágio ou "pelo menos manter os três deputados" na Assembleia da República Parlamento Nacional.
O circulo da Madeira elege seis deputados, tendo na legislatura que terminou eleito três elementos do PSD, dois do PS e um do Chega.
Ainda sobre o debate televisivo transmitido quarta-feira entre os líderes do PSD e PS, Luis Montenegro e Pedro Nuno Santos, respetivamente, argumentou que o atual primeiro-ministro falou de "uma forma muito clara relativamente aquilo que um político tem de ser".
Também censurou a "ideia de transformar os políticos em anémonas, que não sabem fazer nada", opinando que "os políticos têm o direito a ter uma vida" e que "é bom que as portas giratórias entre a sociedade civil e o poder político existam, porque senão só vai haver políticos profissionais, pessoas que nunca fizeram nada".
Sobre a Festa a Flor, um investimento na ordem dos 911 mil euros num dos principais cartazes turísticos da Madeira que decorre durante todo o mês de maio, o chefe do executivo madeirense realçou que é "um cartaz que será renovado, mas mantendo aquilo que é atuação central".
Questionado sobre a falta de flores para ornamentar este programa, Miguel Albuquerque respondeu: "Nós resolvemos tudo. Há sempre dificuldades, mas a nossa função é ultrapassá-las. Nada é fatídico, nada é irresolúvel. Conseguimos sempre superar as questões".
Falando sobre as reivindicações dos no Dia do Trabalhador, o presidente do Governo da Madeira sustentou que o objetivo é que "toda a gente ganhe melhor", opinando ser "legitimo os trabalhadores reivindicarem melhores salários".
"Há uma verdade que é esta: tem havido um aumento substancial do salário médio regional. Os salários aumentaram nos últimos anos em mais de 33% e a evidência é que o governo [regional] tem tido um papel importante junto do setor privado no sentido de trabalhar na concertação social para melhorar o salário dos trabalhadores, porque a maioria dos salários é fundamental", sustentou.
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