"Vamos ver o que é que a nova empresa vai fazer disto, mas desejo vivamente que, tanto quanto possível, se mantenham todos os lugares e que até cresçam", disse o bispo Anacleto Oliveira, questionado pela Lusa sobre o acompanhamento que está a fazer da situação dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).
"Estou na expectativa. Está-se a iniciar um novo processo, agora esperámos que vá a bom termo", apontou ainda o bispo, admitindo que a situação da empresa, com cerca de 620 trabalhadores, pode ser o principal problema social do concelho.
"Esperamos que não seja, desejo um bom sucesso. A última coisa que eu desejaria é que os estaleiros fechassem ou fossem transformados noutra coisa", disse.
O grupo português Martifer venceu o concurso para a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC, e vai pagar por ano, até 31 de março de 2031, cerca de 415 mil euros de renda por essa utilização.
Neste processo, contudo, ainda não está clara a quantidade de trabalhadores dos ENVC que serão absorvidos pela Martifer.
"Não tenho dados nenhuns mas tenho esperanças. Esperanças que cresçam", reforçou.
O bispo da diocese de Viana do Castelo disse ainda ter sentido os dois últimos anos de indefinição sobre os ENVC, "sobretudo" para os trabalhadores, como de uma "ansiedade tremenda", a qual "se apoderou da população".
"Desejo que estes homens e mulheres encontrem um futuro em que possam confiar", afirmou Anacleto Oliveira.