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Sindicalista começou greve de fome com esperanças viradas para Marcelo

O presidente do Sindepor começou a greve de fome em frente ao Palácio de Belém. Carlos Ramalho acusa o Governo de ter estado indisponível para negociar, "só fingiu que o queria fazer". Por isso, deposita agora esperanças no Presidente da República: "Espero que obrigue o Governo a negociar".

Sindicalista começou greve de fome com esperanças viradas para Marcelo
Notícias ao Minuto

13:24 - 20/02/19 por Melissa Lopes

País Palácio de Belém

Carlos Ramalho, presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) iniciou pelas 12h30 desta quarta-feira a greve de fome, em frente ao Palácio de Belém, conforme anunciou ontem, em resposta ao parecer que considera a greve dos enfermeiros "ilícita".

Se um dos sindicatos, a ASPE, decidiu suspender a greve, Carlos Ramalho optou por tomar uma decisão que o próprio diz ter sido pessoal, uma resposta “extrema” a uma situação também ela “extrema”, disse aos jornalistas no início do protesto.

O sindicalista disse que o objetivo é “chamar a atenção deste país e de todos os trabalhadores portugueses de que estão em causa princípios básicos e fundamentais como o direito à greve” e explicou que escolheu o Palácio de Belém para realizar o protesto na esperança de que o Presidente da República possa “ajudar os enfermeiros”.

E como? “Espero que, de alguma, forma [Marcelo] obrigue o Governo a negociar porque é isso que pretendemos,  diálogo e negociação”, afirmou, acusando o Executivo de nunca ter negociado com os sindicatos.

“Há muitas mentiras e muitas falsidades no meio disto. O Governo nunca esteve disponível para negociar, só fingiu que o queria fazer. E num estado de direito deve haver negociações entre os sindicatos, que são os representantes legítimos dos trabalhadores, e a tutela”, declarou aos jornalistas, prometendo ir neste protesto “até onde for necessário”.

Carlos Ramalho entende que esta é uma situação extrema, mas sublinhou que “é a resposta a uma situação extrema como nunca se viu neste país que foi o ataque que tem sido feito pelo Governo contra uma profissão digna que só pretende justiça e negociações”.

Este responsável sindical acusa também o Governo de ter cumprido os grandes passos que anunciou no decorrer das rondas negociais. “Foram anunciados grandes passos mas eles não existiram. Não adianta nada o Governo dizer que assume que a profissão de enfermagem vai ter três categorias quando de facto nenhuma delas tem uma valorização nem em termos salariais nem em termos de conteúdo funcional”, apontou, referindo-se à criação de categoria de enfermeiro especialista.

“Esta é grande verdade da mentira, o Governo nunca esteve disponível para valorizar uma profissão digna”, declarou ainda aos jornalistas, lembrando que neste momento os enfermeiros estão todos no mesmo patamar. “É indiferente terem um ano de serviço, 25 ou 30 anos”, lamentou.

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