Saúde não é uma prioridade para Governo, apontam os portugueses

Três em cada quatro portugueses consideram que a saúde não é uma prioridade para o Governo, apontando para pouca preocupação com os utentes, demoras no atendimento e falta de profissionais de saúde, segundo um inquérito hoje divulgado.

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Lusa
10/10/2018 14:43 ‧ 10/10/2018 por Lusa

País

Inquérito

Um inquérito feito a mais de 600 adultos portugueses, tendo em conta a estratificação da população, mostra que 74% dos inquiridos diz que a saúde não é uma prioridade para o Governo em Portugal. O inquérito foi realizado no âmbito do projeto '3F - Financiamento, Fórmula para o Futuro', liderado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e apoiado por empresas da indústria farmacêutica e das tecnologias em saúde.

Os que entendem que não é uma área prioritária para o Governo dão como indicador a "pouca preocupação com a saúde dos utentes", os "tempos de espera longos", a "falta de médicos/profissionais de saúde" e também um "baixo investimento na saúde".

Os inquiridos criticam sobretudo o tempo de espera para cirurgias e para primeiras consultas, sendo que os portugueses que moram no interior são mais críticos do acesso ao Serviço Nacional de Saúde do que os que vivem no litoral.

Na sua última visita ao hospital, quase noves em cada dez inquiridos recorreram ao serviço público, mas quase 30% diz que escolheu uma unidade do Serviço Nacional de Saúde por ser mais barato do que o privado,

Aliás, os inquiridos caracterizam os hospitais privados como mais rápidos e com melhor atendimento e avaliam-nos melhor em vários critérios.

Contudo, na competência e conhecimentos dos profissionais de saúde a diferença entre público e privado é quase nula.

É no item dos tempos de espera para consultas e exames que os hospitais públicos surgem mais penalizados na avaliação comparativa com as unidades privadas.

Quanto ao financiamento, os inquiridos consideram que a saúde é a segunda área a receber mais financiamento estatal, seguida da segurança social. Ainda assim, 70% entendem que o valor atribuído à saúde é insuficiente.

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