Isaltino garante "total transparência" após buscas na Câmara de Oeiras

Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, frisou que não há "nenhum envolvimento" da autarquia no caso que levou às buscas da Polícia Judiciária e garantiu "total transparência".

presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais

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Notícias ao Minuto com Lusa
26/06/2025 13:41 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Câmara de Oeiras

O presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, garantiu esta quinta-feira que a autarquia tem "total transparência" em relação às buscas da Polícia Judiciária (PJ) nas suas instalações. 

 

"A posição da autarquia é de total transparência", disse Isaltino Morais, aos jornalistas, à porta da Câmara Municipal de Oeiras.

O autarca explicou que a investigação está relacionada com "negócios que foram realizados em Nampula para o governo de Moçambique". 

"Houve notícias há dois anos sobre eventuais ilegalidades na gestão dessas empresas. Acontece que, na sequência dessas notícias e também de denúncias que chegaram à Câmara Municipal, a própria câmara promoveu uma auditoria externa que foi apresentada à Assembleia Municipal há talvez meio ano", adiantou.

Segundo Isaltino Morais, dessa "auditoria externa concluía-se" que "não havia qualquer ilegalidade", apesar de se registarem "algumas irregularidades formais". 

"Ao que eu percebi, há aqui duas dimensões: Uma delas tem a ver com essa atividade em Nampula, que era um trabalho de cartografia e cadastro que realizaram para o Governo de Moçambique. Depois há alguns contratos com o município na área da cartografia e de tecnologias de informação. Penso que é isso que está a ser investigado", afirmou o autarca.

O autarca frisou que não há "nenhum envolvimento" da Câmara Municipal de Oeiras.

Isaltino sublinhou ainda que as únicas transferências que a Câmara fez para a Municípia foram "as mesmas que faz para a Parques Tejo, para a Oeiras Viva" e outras empresas municipais quando têm imparidades, nos termos da lei.

"Estamos a falar de 500 ou 600 mil euros por ano. Este ano, por exemplo, não foi nada. Se a empresa num ano tem lucro ou se tem equilíbrio de contas, não há transferência nenhuma, se tem prejuízo, há transferência", explicou.

A revista Sábado avançou, em março de 2023, que problemas num consórcio levaram uma empresa pública de Oeiras, a Municípia SA., a fazer transferências para a conta de um empresário moçambicano. Na altura, Isaltino Morais garantiu que mandou fazer uma auditoria interna ao caso.

Segundo avançou a CNN Portugal, o principal visado das buscas será António Fernandes, diretor-geral da Municípia SA. Em causa estarão "transferências bancárias suspeitas e alegadamente injustificadas, de cerca de cinco milhões de euros, entre diferentes sociedades ao longo dos últimos anos e que passaram nomeadamente por Moçambique".

Fonte da Polícia Judiciária (PJ) confirmou ao Notícias ao Minuto a realização de buscas na Câmara Municipal de Oeiras por "suspeitas de corrupção". A autarquia adiantou anteriormente que estas buscas estão relacionadas com contratos celebrados com a empresa municipal Municípia - Empresa de Cartografia e Sistemas de Informação.

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A mesma fonte indicou que as buscas começaram às 09h00. 

Entretanto, em comunicado enviado às redações, a PJ especificou que levou a cabo duas operações policiais para "cumprimento de mandados de busca", emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Criminal (DIAP) de Lisboa e Évora, "nas Câmaras Municipais de Oeiras e de Grândola e em empresas do setor turístico, no âmbito de investigação a eventuais crimes de prevaricação, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio e abuso de poderes e violação de regras urbanísticas".

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"Estas diligências visaram a recolha de elementos documentais, com vista ao desenvolvimento e conclusão, tão breve quanto possível, das investigações em curso", adiantou a autoridade.

[Notícia atualizada às 14h30]

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