Macron recebe presidente do parlamento venezuelano
O presidente do parlamento da Venezuela, Julio Borges, opositor ao Presidente Nicolás Maduro, congratulou-se hoje com o apoio manifestado pela França, após ser recebido no Eliseu por Emmanuel Macron no início de um périplo europeu.
© Reuters
Mundo Venezuela
Macron "comunicou-nos o apoio total à assembleia nacional que nós representamos, e reconhecida como legítima", declarou Borges, após o encontro com o Presidente francês.
O chefe de Estado de França, que não emitiu declarações na sequência deste encontro, criticou recentemente o Presidente Nicolás Maduro, confrontado com quatro meses de manifestações da oposição que exige a sua demissão, e um balanço de pelo menos 125 mortos nos confrontos de rua. A Venezuela é "uma ditadura que tenta sobreviver", considerou na semana passada.
Borges assinalou que as preocupações internacionais sobre a situação na Venezuela é "impressionante". "Tratava-se de um problema local, depois regional e que agora se tornou mundial", sublinhou.
O presidente do hemiciclo de Caracas disse ainda contar com o apoio internacional para que seja possível "uma solução pacífica para a crise social e institucional".
No âmbito da sua deslocação, Borges reúne-se na terça-feira em Madrid com o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, e segue para Berlim na quarta-feira, onde será recebido pela chanceler Angela Merkel e antes de visitar Londres, onde segundo o seu gabinete manterá um encontro privado com a primeira-ministra Theresa May.
Borges também se referiu à "tragédia humanitária" no seu país, que "não pode nem comer, nem exercer os seus direitos, nem ter uma vida digna". Acusou ainda Maduro de impedir o envio de ajuda internacional para a Venezuela.
Acompanhado por Freddy Guevara, vice-presidente do parlamento, Borges também se reuniu hoje com o presidente do Senado (câmara alta), Gérard Larcher, e tinha previsto um encontro ao início da noite de hoje com o presidente da assembleia nacional, François de Rugy.
Larcher solicitou designadamente a "libertação dos presos políticos" e o "pleno respeito dos direitos da oposição".
A crise política venezuelana agravou-se com a eleição de uma assembleia constituinte controlada pelo poder, dotada de poderes quase ilimitados e que se apropriou de diversas prerrogativas do parlamento.
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