Dona de empresa húngara ligada a 'pagers' no Líbano sob proteção
A dona de uma empresa ligada aos milhares de 'pagers' que explodiram esta semana no Líbano e na Síria recebeu ameaças e "está atualmente num local seguro protegido pelos serviços secretos húngaros", segundo a família.
© -/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), Cristiana Bársony-Arcidiacono não aparece em público desde o ataque simultâneo que ocorreu esta semana e teve como alvo o Hezbollah, que atribuiu as explosões a Israel.
Esta mulher é administradora-geral da BAC Consulting, com sede em Budapeste, empresa que o detentor da marca taiwanesa dos 'pagers' disse ser responsável pelo fabrico dos dispositivos.
A sua mãe, Beatrix Bársony-Arcidiacono, disse à AP que a sua filha recebeu ameaças e "está atualmente num local seguro protegido pelos serviços secretos húngaros".
Os "serviços secretos húngaros aconselharam-na a não falar com os meios de comunicação social", afirmou Beatrix Bársony-Arcidiacono, por telefone, a partir da Sicília.
As autoridades de segurança nacional da Hungria não responderam a um pedido de comentário sobre esta afirmação e a AP não a conseguiu verificar de forma independente.
A empresa de Cristiana Bársony-Arcidiacono foi investigada depois de a Gold Apollo, uma empresa taiwanesa, ter dito que autorizou a BAC Consulting a usar o seu nome nos 'pagers' utilizados no primeiro ataque, mas que a empresa húngara era responsável pelo fabrico e design.
Na quarta-feira, um porta-voz do Governo húngaro disse que os 'pagers' entregues ao Hezbollah nunca estiveram na Hungria e que a BAC Consulting apenas agiu como intermediária.
O portal da empresa está indisponível desde quarta-feira.
Beatrix Bársony-Arcidiacono contou que a filha nasceu na Sicília e estudou na Universidade de Catânia antes de fazer o doutoramento em Londres. Trabalhou em Paris e Viena antes de se mudar para Budapeste, em outubro de 2016, para cuidar da avó idosa.
Em maio de 2022, Cristiana entrou para a empresa no centro do mistério dos 'pagers'.
Esta semana, 'pagers', 'walkie-talkies' e outros dispositivos eletrónicos explodiram, matando pelo menos 37 pessoas e ferindo mais de 3.000, incluindo civis, no Líbano e na Síria. O movimento xiita Hezbollah e o Governo libanês responsabilizaram Israel, que não confirmou nem negou o envolvimento nos incidentes.
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