"É um conjunto de 710 processos de repressão, julgados pelo Superior Tribunal Militar, além de fotos, vídeos e outros materiais que retratam os abusos cometidos durante a ditadura", disse a entidade em comunicado.
A iniciativa digital é baseada no projeto original "Brasil Nunca Mais", lançado no início da década de 1980 pela Arquidiocese de São Paulo e Conselho Mundial de Igrejas.
Também incluídos no projeto estão documentos recolhidos na Suíça e Estados Unidos, que estão a ser digitalizados e repatriados desde 2011.
O Brasil reconhece oficialmente 400 mortos e desaparecidos durante a ditadura militar, comparando com os 30.000 na vizinha Argentina e 3.200 no Chile.
Dilma Rousseff, primeira Presidente brasileira e ex-membro da guerrilha urbana, foi torturada e presa durante quase três anos pelo regime militar.
No ano passado, o seu governo lançou a Comissão da Verdade para investigar as violações dos direitos humanos e esclarecer os crimes cometidos durante aquele período.