Torrent vai propor Jordi Sànchez para presidente da Generalitat

Presidente do parlamento catalão esteve a ouvir os partidos durante esta segunda-feira. Ainda não há data para a investidura, mas o número dois do Juntos pela Catalunha, Jordi Sànchez, é o nome proposto para liderar o governo catalão. Nomeação de Sànchez está dependente dos votos da CUP (separatista, de Extrema-Esquerda) e do Supremo Tribunal.

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Pedro Bastos Reis
05/03/2018 19:17 ‧ 05/03/2018 por Pedro Bastos Reis

Mundo

Catalunha

Depois de ouvir os partidos com representação parlamentar, o presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, anunciou que vai propor Jordi Sànchez para próximo presidente da Generalitat (governo catalão).

O nome de Sànchez, número dois do Juntos pela Catalunha, foi avançado na quinta-feira, depois de Carles Puigdemont ter anunciado que abdicava do cargo de presidente

Durante esta segunda-feira, Roger Torrent reuniu-se com os partidos que compõem o parlamento catalão, com o objetivo de perceber até que ponto estariam dispostos a apoiar Jordi Sànchez. 

Em comunicado, Torrent confirmou que abdicou do nome de Puigdemont e que agora propõe Jordi Sànchez para liderar o próximo governo catalão.

“Depois de uma ronda de consultas com os grupos parlamentares, acabo de assinar uma resolução a propor o deputado Jordi Sàncehz como candidato para o debate de investidura da presidência da Generalitat”, escreveu Torrent no Twitter.

A região, recorde-se, está sem governo desde as eleições de 21 de dezembro. O partido vencedor, o Ciudadanos, não conseguiu (nem tentou, na realidade) formar executivo, uma vez que os partidos independentistas conseguiram uma maioria no parlamento. 

O bloco separatista (Juntos pela Catalunha, ERC e CUP) nunca abdicou de Carles Puigdemont, considerando-o o líder legítimo do governo. No entanto, como o ex-presidente está exilado em Bruxelas, não pôde tomar posse. 

Em causa, está uma decisão do Supremo Tribunal espanhol que definiu que Puigdemont não pode tomar posse à distância. Este impedimento deixou a região num impasse, com trocas de acusações inclusive dentro do bloco independentista, culminando com a desistência de Puigdemont, que pretende, no entanto, governar a partir de Bruxelas.

Assim sendo, o Juntos pela Catalunha optou por escolher o número dois do partido para liderar o governo catalão. A ERC, depois de alguma hesitação, decidiu apoiar o seu antigo parceiro de coligação, faltando apenas a confirmação da CUP. Este apoio, contudo, será fundamental, uma vez que sem os votos do partido de Extrema-Esquerda Jordi Sànchez não terá votos suficientes para conseguir a maioria no parlamento. 

A juntar a esta condição, há ainda um outro fator a ter em conta: Sànchez está em prisão preventiva. Ou seja, para tomar posse como presidente, precisa de ter uma autorização do juiz do Supremo Tribunal para comparecer no parlamento e tomar posse. 

 

 

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