Entre os produtos que terão a tarifa reduzida estão materiais siderúrgicos, vidros, produtos químicos, artigos de borracha e plástico, pneus, papel e celulose, produtos têxteis, material de transporte, derivados de petróleo, calçados e produtos da indústria de alimentos.
Na maior parte dos casos, as tarifas atuais são de 25 por cento e serão reduzidas em cerca de 10 pontos percentuais.
Em setembro do ano passado, o Governo brasileiro decidiu elevar a tarifa de importação desses produtos, na tentativa de proteger a indústria nacional da chegada de mercadorias similares importadas a preços mais baratos, devido ao câmbio desfavorável naquele momento.
Para realizar o aumento à época, os produtos foram inseridos numa lista de exceção à TEC (Tarifa Externa Comum praticada pelos países-membros do Mercosul).
Na prática, o que o anúncio de hoje significa que o Governo não manterá a redução na tarifa desses produtos, em parte porque o cenário do câmbio atual já não o torna necessário, com o real menos valorizado frente ao dólar, e em parte porque os empresários não cumpriram a promessa de não repassar aumentos para os consumidores.
Há ainda uma expectativa de que a medida ajude a controlar a inflação, que gira nos 6,7 por cento no acumulado dos últimos 12 meses.