As autoridades egípcias alegam que estas ações representam “um perigo para a segurança nacional e para a paz social”.
O Governo interino egípcio encarregou o Ministério do Interior, responsável pela tutela das forças policiais, a tomar as medidas necessárias para desmantelar os acampamentos dos islamitas.
Milhares de apoiantes de Morsi (oriundo do movimento Irmandade Muçulmana) estão acampados há mais de um mês nestas duas praças da capital egípcia para exigir o regresso ao poder do Presidente deposto no passado dia 03 de julho.
“A continuação de situações perigosas nas praças Rabaa al-Adawiya [nordeste do Cairo] e Al-Nahda [perto da Universidade do Cairo], e o consequente terrorismo e bloqueios de rua já não são aceitáveis, tendo em conta a ameaça da segurança nacional”, referiu o executivo, num comunicado.
“O Governo decidiu tomar todas as medidas necessárias para enfrentar e acabar com estes perigos e encarregou o ministro do Interior para fazer tudo o que for necessário nesta matéria, em conformidade com a Constituição e a lei”, acrescentou a mesma nota informativa.
O executivo assegurou ainda que está a atuar “sob o mandato dado massivamente pelo povo para agir contra o terrorismo e a violência (…) e para proteger a segurança nacional e o interesse superior do Estado”.
A decisão das autoridades egípcias foi imediatamente rejeitada pelos apoiantes de Morsi.
“Nada vai mudar”, declarou um porta-voz da coligação islamita pró-Morsi, Gehad el-Haddad, quando questionado sobre o eventual fim destes protestos.
O mesmo representante acusou o executivo provisório de “tentar aterrorizar os egípcios”.